A minha vida imita a minha arte

Espero que gostem
das nossas imitações
colocadas em palavras
virgulando, reticenciando
Nossos mergulhos
Nessa loucura chamada
Pensamento

Luciana Gaffrée

segunda-feira, 30 de janeiro de 2012

Páramo/Plaine Déserte, de Joaquim Manuel Magalhães.

PÁRAMO

Na varanda sem paz eu vejo o mar
mas já não vejo junto desses olhos
que viam o mar amordaçar-me.
A varanda, todavia, ainda traz
na ondulação, nas maresias
a ilusão de um silêncio
em que tu pretendias: aqui,
nesta lei tão dura, senti
que nada mais terei do que ser de ti.
A varanda continua a sua conjura,
eu continuo o desgaste do mar
só que noutra jura a tua vida dura
e até o mar te deixou de esperar.

O vário vento que vem e que voa
sobre argolas com vasos de gerânios
que tombam vagarosos e rosas
sobre ruas ruidosas de Lisboa
toca ao de leve no copo por que bebo
esquecido e sozinho ali
onde dantes vinhas com o maior apego
ouvir ao fim da tarde eu olhar para ti.

Ao alto dessas ruas que Lisboa já não tem
havia um andar quase arruinado
com o estilhaço, a cólera, o fermento
de quem se resignava também
a que não valesse a pena nada.
No vagar desse desmoronamento
essa ruína foi tua e foi minha,
o seu reboco de cal, a pele refém,
a cisterna petrificada.
Amávamo-nos entre eléctricos que passavam
do nascer do dia até ao nascer do dia.

Não há nada que se peça que nos seja dado
mesmo quando gritamos alto por perdão.
Merecemos tudo o que ficou fragmentado
no pensamento que não sabe inebriar-se
quando os sentidos perderam o condão.

Essas ruas de Lisboa que findaram
como findaram os dedos que prenderam
o bordão de ternura
que tantos outros nos cortaram.

Tal qual o prédio caímos
e apenas o pó
desenha entre o que nem persigo
um resto que sabe que está só
porque nenhuma solidão vem ter consigo.

MAGALHÃES, Joaquim Manuel. Alta noite em alta fraga (2001).



PLAINE DESERTE

De la véranda sans paix je vois la mer
mais je ne la vois plus auprès de ces yeux
qui voyaient la mer me baillonner.
La véranda, cependant, m´apporte encore
par les houle des marées
l´illusion d´un silence
où tu voulais : ici,
selon cette loi si dure, j´ai senti.
La véranda conjure toujours,
j´use toujours la mer
mais juste par une autre promesse ta vie dure
et même la mer a arrêté de t´attendre.

Le vent changeant qui vient et qui vole
sur des anneaux avec des vases de géraniums
qui tombent lents et roses
sur des rues bruyantes de Lisbonne
touche légèrement au verre où je bois
oublié et seul, là,
où avant tu venais très empressée
entendre en fin d´après-midi je te regardais.

Du haut de ces rues que Lisbonne n´a pas
il y avait un palier presque en ruines
avec des débris, la colère, le froment
de celui aui se résignait aussi
à ce que rien ne vaille la peine,
ton crépi à la chaux, la peau otage,
la citerne pétrifiée.
Nous nous aimions entre des tramways qui passaient,
dès l´aube jusqu´à l´aube du lendemain

Il n´y a rien qu´on demande qui nous soit donné
même quand nous crions pardon.
Nous méritons tout ce qui est resté fragmenté
dans la pensée qui ne sait pas s´enivrer
quand les sens ont perdu la baquette magique

Ces rues de Lisbonne qui ont fini
comme ils sont finis, les doigts qui ont attaché
le bourdon de tendresse
que tant d´autres nous ont coupés.

Tel le bâtiment nous sommes tombés
et que de la poudre
dessine entre ce que je ne suis plus
un reste qui sait qu´il est seul
parce qu´aucune solitude ne vient à sa rencontre.


De Joaquim Manuel Magalhães,
« Haute nuit sur un haut rocher »

Traduction en français de
Luiz Fernando Gaffrée Thompson
,

Hábito da Terra (Habitude de la Terre), do poeta/du poète Ruy Durate Carvalho

Descubro que a minha pele
já pouco guarda das manhãs festivas.

Podia reter a brisa dos augúrios
as palavras que o medo despojou
até arder no germe dos murmúrios.

Escolher uma paisagem de silêncio
a súbita bravura do seu eco
a lâmina do frio que levanta.

Há tardes em que a chuva se interrompe
para que a sombra invoque outro temor:
só um silêncio assim podia revelar
razões guardadas de uma voz futura.

Tranquilas são as paisagens onde a idade não conta.

Eu falo do olhar crepuscular das feras
da noite e da gordura que segrega
a sua fidelíssima paciência
a cativar o cheiro de manadas quentes.

E da indiferença das grutas
poupadas ao esforço do labor do dia.

Ou de mulheres sentadas
rezando acordos entre o gesto e o fogo.

Espírito do lago
Espírito do fogo
a labareda e a margem não dizem mais que o encontro.



Habitude de la terre

Je découvre que ma peau
garde peu maintenant des matins festifs

Je pourrais retenir la bise des augures
les mots que la peur a dépouillé
jusqu´à brûler aux germes des murmures

Choisir un paysage de silence
la bravoure soudaine de son écho
la lame du froid qui relève

Il y a des après-midis où la pluie s´interrompt
pour que l´ombre invoque une autre crainte
seulement un silence pareil pourrait révéler
des raisons gardées d´une voix future

Tranquilles sont les paysages où l´âge ne compte pas

Je parle du regard crépusculaire des bêtes fauves
du soir et de la graisse qui discrimine
sa fidélissime patience
captivant l´odeur des troupeaux chauds

Et de l´indifférence des grottes
épargnées de l´effort de la labeur de la journée

Ou des femmes assises
priant des accords entre le geste et le feu

Esprit du lac
Esprit du feu
fa flamme et la marge ne disent plus que la rencontre

de Ruy Duarte Carvalho,
Traduction en français de
Luiz Fernando Gaffrée Thomspon


Ruy Duarte de Carvalho. Hábito da terra. Poesia. Porto: Edições ASA, 1988. p. 20

De pie sobre las medusas

DE PIE SOBRE LAS MEDUSAS

Ahora no alumbras fósil en tierra helada



es un cansancio sin escrúpulo



un quejido estéril



de extraviada vigilia



desolada, absurda



de pie sobre las medusas adherida en pánico a la inmovilidad



de la madera



ahora no alumbras



paquidérmica, amarga abierta extraña



tan muñón de mi lenguaje



posesa incorpórea nonata



sobre los libros la cabellera escasa, mustia



la falsa secreta hendidura no descansa



expone temblorosa su arteria de mentira sideral



Supongo que de verdad el pan es todo y se expulsa



mordisco tras mordisco de los tendones azules de la mano inútil



la textura de un pentagrama



la casa que escucha cerrarse el ojo de la madera.



Ya te oculté, tu sombrero es un recuerdo sin importancia



una bandera en jardines que se buscan



pulpa dentaria como juncos sonoros



hundida sobre la espalda que contiene el follaje silencioso de la muerte.



La noche tiene sueño



acunarla para resistir la selva que sangra



dorado molusco de resplandores mudos



cae en el mar explosivo, ardiente.



La llave rueda por el suelo



estrépito inclemente



abro la carne solitaria con un pincel de escarabajo avasallante



pero la mentira cruje como quien pisa el futuro en la piel tendida



de una estremecida humedad oscura



Todo los destrozos



hablan de las hojas blindadas



destruídas por los volcanes furiosos



de tus pies.



Eres innumerable, malherida y delirante.



Sol mansamente apagado por la luz.



de Laura Inés Martínez Coronel ·




E as medusas transformam-se em sanguessugas, benfazejas.

São moluscos ou caracóis cintilantes como vaga-lumes, iluminados.

Comem-te os pés descalços, repletos de sangue em excesso, exsangues

Restabelece-se a harmonia primordial,


a QUINTESSÊNCIA!


de Luiz Fernando Gaffrée Thompson

Sítio ("Maison de campagne"), da poeta brasileira ( de la poète brésilienne) Cláudia Roquette Pinto.

SÍTIO
O morro está pegando fogo.
O ar incômodo, grosso,
faz do menor movimento um esforço,
como andar sob outra atmosfera,
entre panos úmidos, mudos,
num caldo sujo de claras em neve.
Os carros, no viaduto,
engatam sua centopeia:
olhos acesos, suor de diesel,
ruído motor, desespero surdo.
O sol devia estar se pondo, agora
_ mas como confirmar sua trajetória
debaixo desta cúpula de pó,
este céu invertido?
Olhar o mar não traz nenhum consolo
(se ele é um cachorro imenso, trêmulo,
vomitando uma espuma de bile,
e vem acabar de morrer na nossa porta).
Uma penugem antagonista
deitou nas folhas dos crisântemos
e vai escurecendo, dia a dia,
os olhos das margaridas,
o coração das rosas.
De madrugada,
muda na caixa refrigerada,
a carga de agulhas cai queimando
tímpanos, pálpebras:
O menino brincando na varanda.
Dizem que ele não percebeu.
De que outro modo poderia ainda
ter virado o rosto: “Pai!
acho que um bicho me mordeu!” assim
que a bala varou sua cabeça?

ROQUETTE-PINTO, Cláudia. Margem de manobra (2005)



Maison à la campagne

La colline prend feu.
L´air gênant, gros,
fait de n´importe quel moment un effort,
comme marcher sous une autre atmosphère,
entre les chiffons moites, muets,
dans un bouillon sale de blancs montés en neige.
Les voitures, sur le viaduc
font démarrer leur millepattes :
les yeux ouverts, la sueur de diesel,
bruit moteur, désepoir sourd.
Le soleil devrait être en train de se coucher, maintenant
mais comment confirmer da trajectoire
sous cette coupole de poudre
ce ciel inverti ?
Regarder la mer n´apporte aucun soulagement
(si c´est un chien immense, tremblant,
vomissant de l´écume de bile,
et il vient finir de mourir à notre porte).
Un duvet antagoniste
s´est allongé sur les feuilles de chrysanthèmes
et ils s´estompent jour après jour,
les yeux des pâquerettes,
le coeur des roses.
Pendant la nuit,
Changement dans la boîte climatisée
La charge d´aiguilles tombe brûlant
des tympans, des paupières.
Le garçon joue à la véranda
On me dit qu´il ne s´est pas rendu compte
De quelle autre manière il aurait pu encore
avoir trouné le visage. : « Père !
je trouve qu´une bête m´a mordu, aussitôt
que la balle a traversé sa tête ?

Roquette Pinto, Cláudia. Marge de manoeuvre (2005)
Traduit pour le français par Luiz Fernando Gaffrée Thompson

quarta-feira, 18 de janeiro de 2012

L´avis de Jean-Charles Papi sur "La Corse, colonie française ou partie intégrante d´une puissance colonisatrice, la France?"

Jean-Charles Papi:
Ce qui est certain, c'est qu'au delà des débats stériles, la réalité que nous vivons tous les jours ici est celle d'une île livrée aux appétits féroces des divers financiers et mafieux que ni l'état français, ni les corses n'arrivent à jugu...ler. Alors, la faute à qui? A nous tous bien-sûr. c'est le résultat de l'acculturation et de la perte des valeurs fondamentales et c'est notre tribut au sacro-saint confort et modernisme... La terre-mère se chargera de réguler les conséquences de nos divers égoïsmes. Elle a quand même le droit de se défendre ne fusse que par une réponse purement immunitaire non?
Jean-Charles Papi:
Lamartine disait en s'adressant à de Musset: "honte à qui peut chanter pendant que Rome brûle!"; je ne crois pas qu'il ait eu raison bien que les circonstances actuelles soient tout à fait différentes. Ce qui est certain, c'est que chanter ...(même en soi-même) dans le sens de re-poétiser le monde ne peut pas nous faire de mal (même si on pense chanter faux).
Nous avons besoin d'amour et de joie, ce sont les préalables à tout changement. Ce ne sont pas des états résultants des circonstances mais de choix de vie et ils ne peuvent qu'être individuels pour ensuite rayonner sur le collectif. Le changement commence par soi-même et c'est cela qui est le plus difficile en définitive.
PS: Merci M. Luiz Fernando Gaffrée Thompson, mais je ne pense pas mériter de tels éloges même si cela fait toujours plaisir.
Un petit clin d'oeil à Muryel Sette Nave, continue à nous écrire des récits et des poèmes transcendants, ça fait du bien à l'âme et au coeur!

de Jean-Charles Papi

terça-feira, 17 de janeiro de 2012

Le point de vue de Louis Pini au sujet de la colonisation en Corse ou par la Corse. A mon avis, tout est très sensé.

Bonsoir Luiz. Personnellement, je rejette la victimisation et la culpabilisation. Et je ne prétend pas parler au nom de tous les corses. Et s'il est vrai que beaucoup de corses en usent, ce n'est pas mon cas. "Nous" ne voulons pas etre une ...réserve indienne fossilisée, mais un peuple maitre de ses intérets et de son destin. Nous ne rejettons pas le progrès loin de là, mais cela ne veut pas dire qu'il faille tomber dans un matérialisme exacerbé. Vous avez dit que vous cherchiez à comprendre, mais vous émettez des affirmations qui ne sont que des demies vérités. Si vous voulez goutter mon vin, il faut d'abord vider votre verre. Autant certains corses tombent dans la victimisation, autant vous vous nous culpabilisez. Les corses se seraient expatriés volontairement ? Ils auraient colonisés les autres peuples ? Mais il me semble que les colonisateurs cherchent à imposer leurs langues et leurs moeurs lorsqu'ils colonisent. Or, je répette, les corses qui ont servi les impérialistes français ont ils imposé la langue corse et les moeurs corses, ou bien françaises ? La Corse était elle une grande puissance coloniale ou une ile de misère ? Seules les grandes puissances ont le pouvoir de coloniser. Je me fiche des corses qui ont vendu leurs ames à la France. Moi je vous parle de ceux qui refusent de voir leur mémoire, leur culture, sacrifiées à des intérets supérieurs. Ces intérets supérieurs actuellement sont entre les mains d'une minorité de compatriottes qui reçoit des subventions de l'état pour maintenir leurs privilèges. Nous ne rejettons pas le tourisme. Nous disons juste qu'il ne faut pas compter seulement sur le tourisme. D'ailleurs ce n'est pas le tourisme qui est ne menace pour l'identité mais la colonisation de peuplement qui grandi chaque année. Savez vous que sur une population de 300000 habitants, seule 1/3 est corse ? Est ce normal ? La respect des différences ne peut se faire au détriment de notre communauté. Ensuite, au risque de vous faire éclater de rire, je ne pense pas que la méditerrannée fasse partie du monde occidental. C'est un carrefour entre l'Orient et l'Occident. Il me semble que nos chants polyphoniques ressemblent étrangement aux chants orientaux. Et vous etes bien plus occidental que moi dans votre vision des choses bien que vous soyez brésilien. Mais pour finir sachez que je ne cherche aucune excuse au peuple corse. Nous avons évidement une part de responsabilité. Dans la vie il n'y a pas les ignorants d'un coté et les savants de l'autre. Il y a des etres humains qui détiennent chacun une part de vérité, et c'est en les assemblant que l'on trouvera une issue favorable pour tous. Votre histoire n'est pas la notre. Certaines puissances ont colonisé notre ile. Certaines puissances ont profité des traitres qu'il y avait parmi nos compatriottes. Et c'est toujours le cas. Le mode de vie actuel de la Corse est un mode de vie axé sur le consumérisme. Et cela ne touche pas que la Corse mais également toutes les sociétés. Le modernisme, c'est bien à condition qu'il améliore le quotien. Pas pour qu'il le domine. En fin, c'est biensur votre droit de réfléchir et de tirer les conclusions que vous voulez. Je ne recherche pas votre aprobation. Vous dites vouloir comprendre, mais vous avez déjà vos propres réponses. Ce qui m'importe n'est pas d'etre compris par vous mais par mes compatriottes. Maintenant, si cela peut vous faire plaisir, je peux vous donner raison en disant, OUI! nous sommes des colonisateurs ! Nous voulons imposer notre langue et nos coutumes aux autres ! Nous n'avons rien à envier à Mussolini ! Nous enlevons les enfants et nous les mangeons ! Si cela peut mettre un terme à cette conversation sans fin, alors qu'il en soit ainsi... Bonne soirée.

de Louis Pini

La Corse, colonie française ou partie intégrante d´une puissance colonisatrice, la France?

D´abord, je parle d´un supposé père vientmien et d´une supposée mère cherokee, parce que vous dénigrez la colonisation occidentale dans le monde sans savoir de quoi vous parlez, puisque vous êtes aussi occidental que n´importe quel autre peuple de l´Europe. Par contre vous parlez de ce que vous ne connaissez pas. Vous ne savez pas si les indiens cherokee ou les Indochinois ont tellement déploré la conlonisation européenne (moi, j´ai une vision particulière sur les colonisations!). Je ne suis pas un indien brésilien, mais parmi mes origines il en y a. Et l´acculturation se fait encore chez les tribus les plus éloígnées de l´Amazonie. Je ne parierai pas que ces indiens veulent rester dans le stage de leur vie de l´homme de la pierre polie à une espérance de vie de 40 ans, quand celle de la population bresilienne en général en est de 72. Ce qu´on voit c´est l´envie de s´intégrer. pour avoir accès au confort de la vie moderne. Apparemment ils exècrent des réserves où ils seraient condamnés à garder leur culture et leur langue, comme dans un disneyland authentique, en tant que des fossiles humains bons pour les touristes et les chercheurs éthnoloques. Je réoète que je "parie" mais, évidemment, je n´ose pas jurer pour une chose que je ne connais que superficiellement - je ne suis pas indien - en tout cas je le connais mieux que vous, qui vivez dans le confort proportionné para l´Etat français, à des milliers de kilomètres de ce qui n´est pas occidental. Ensuite, comme je ne peux pas parler au nom de tous les Brésiliens, indiens ou pas, vous n´avez pas le droit de parler au nom de tous les Corses - d´ailleurs c´est étonnant comme vous tous parlez au pluriel au nom d´un peuple entier. C´est très facile de culpabiliser autrui de ses propres faiblesses, les Corses ont fait des ravages dans les colonies françaises "parce qu´ils étaiet poussés par l`Etat français". Partout dans le monde colonial c´était comme ça, les plus pauvres étaient contraints á quitter leur pays pour partir ailleurs. Les Corses ne l´ont pas fait parce que la Frances les a chassés de leur terre pour servir de missionnaires culturels et économiuques dans les colonies fraichement dominées. Les Corses eux-mêmes se sont expatriés, parce que leur terre était (et est) pauvre, quoique actuellement il y ait le tourisme, que vous repoussez, pour ne pas dégénerer votre identité! Je comprends: vous voulez ce que les indiens brésiliens refusent; ètre des fossiles culturels, un paradis pour es chercheurs enthropoloques, comme moi d´ailleurs! Mais revenons à la diaspra corse, si c´était l´Etat français qui poussait l´expatrement, comment pourrait-on expliquer des descendants des Corses au Vénézuela, par exemple, voire au Brésil, d´ailleurs très fiers de leurs oriigines françaises (ou corses si vous voulez). C´est très facile de culpaliser les autres - la France- (ça c´est très français, il faut toujours avoir un coupaple qui n´est jamais soi-même), quand l´économie française va mal et le prestige de la France est en déclin. Et de ne parler qu´au nom d´une partie de la population corse, quand cette même population a fait des horreurs en Algérie, en Indochine ou où que ce soit dans l´Empire colonial français, et au nom de toute la poputation quand cela vous intéresse (si je me rappelle bien en 2 000 à peu près, il y a eu un référendum promu par Paris pour décider au sujet de l´indépendance de votre île et 98% de la population a dit "non" a votre détachement de la France). Par ailleurs, que je sache les seuls Français qui avaient l´habitude d´enlever les enfants des bras de leur mère indochinoise pour les faire élever en Europe, c´ètaient les Corses. Ces Corses même qui, parce que c´est de leur intérêt contitnuent à coloniser au nom de l´Etat et de la culture française, au sein des Alliances Françaises et/ou des corps diplomomatiques du monde entier ou en exerçant des postes prestigieux et de contrôles dans les DOM-TOM . Vous devez vous demandez de quel droit je me mêle de tout ça. Je le fait parce que c´est mon droit de réfléchir et tirer des conclusions et ensuite parce que c´est mon métier, Je suis professeur de langue, littérature et civilisation françaises, avec un DEA et un doctorat dédiés à la Corse, donc je me sconsidère un spécilaiste en Corse.

de Luiz Fernando Gaffrée Thompson

segunda-feira, 16 de janeiro de 2012

La Corse, colonie ou puissance colonisatrice!

Les animaux ne cherchent pas à bouleverser l'ordre naturel des choses. Ils accomplissent sereinement leur destin. Les hommes, occidentaux particulièrement, ont cherché à dominer leurs semblables en allant coloniser des peuples qui vivaient ...en paix, au nom de la civilisation. Mais s'ils s'étaient contentés de ce que mère nature leur a donné, jamais ils n'auraient rencontré l'hostilité, et nous n'aurions pas besoin de leur rappeler notre identité...

Luiz Fernando Gaffrée Thompson:
Oui, vous avez tout á fait raison, Louis! Surtout que tu es bien placé pour le dire: fils d´un Vietnamien avec une indienne cherokee! Heureusement que tu n´es pas fils d´une Vietamienne avec un Corse, ces mauvais garnements qui avaient l´...habitude fâcheuse d´enlever les enfants qu´ils avaient eus avec les femmes locales, pour que ces petits soient élevés par leur famille corse...au nom de l´identité corse et de la nation française.Tu as tout a fait raison de défendre ton identité de non-occidental, contre ces Corses qui colonisent encore au nom de l´Etat Français et de la supéritorité des identités occidentales, par le moyen de fonctionnaires corses de l´Etat Françai...s, qui font la loi, en tant que magistrats envoyés par la métropole, à Point-à-Pitre ou à Papéété, ou qui enseignent les bons meurs européens (français, italiens ou corses, c´est le même truc!), en tant que diplomates fiers, aux bougres du Tiers-monde, depuis l´ ambassade française à Brasilia. D´ailleurs, je vois des Corses qui ont des postes de pouvoir à Paris, en Gascogne, en Martinique, en Gouadeloupe ou á Trifoulis-les-bains! Mais je n´ai jamais vus des Goudaloupéens ou des Martiniquais avoir des postes de prestige en aucoun de ces lieux, y compris en Gouadeloupe ou en Martinique.

domingo, 15 de janeiro de 2012

Carta aos meus filhos sobre os fuzilamentos de Goya/ Lettre á mes enfants sur les fusillades de Goya do poeta portuguès/du poète portugais J. de Sena

Estes fuzilamentos, este herosmo, este horror,
foi uma coisa, entre mil, acontecida em Espanha
há mais de um século e que por violenta e injusta
ofendeu o coração de um pintor chamado Goya,
que tinha um coração muito grande, cheio de fúria
e de amor. Mas isto nada é, meus filhos.
Apenas um episódio, um episódio breve,
nesta cadeia de que sois um elo (ou não sereis)
de ferro e de suor e sangue e algum sêmen
a caminho do mundo que vos sonho.
Acreditai que nenhum mundo, que nada nem ninguém
vale mais que uma vida ou a alegria de tê-la.
É isto o que mais importa – essa alegria.
Acreditai que a dignidade em que hão-de falar-vos tanto
não é senão essa alegria que vem
de estar-se vivo e sabendo que nenhuma vez
alguém está menos vivo ou sofre ou morre
para que um só de vós resista um pouco mais
à morte que é de todos e virá.

[…]
Confesso que
muitas vezes, pensando no horror de tantos séculos
de opressão e crueldade, hesito por momentos
e uma amargura me submerge inconsolável.
Serão ou não em vão? Mas, mesmo que o não sejam,
quem ressuscita esses milhões, quem restitui
não só a vida, mas tudo o que lhes foi tirado?
Nenhum Juízo Final, meus filhos, pode dar-lhes
aquele instante que não viveram, aquele objecto
que não fruíram, aquele gesto
de amor, que fariam “amanhã”.
E, por isso, o mesmo mundo que criemos
nos cumpre tê-lo com cuidado, como coisa
que não é nossa, que nos é cedida
para a guardamos respeitosamente
em memória do sangue que nos corre nas veias,
da nossa carne que foi outra, do amor que
outros não amaram porque lho roubaram.


Lettre à mes enfants sur les fusillades de Goya, du poète portugais Jorge de Sena. Traduction en français de Luiz Fernando Gaffrée Thompson.

Ces fusillades, cet héroisme, cette horreur
a été une chose parmi mille autres, passée en Espagne
il y a plus d´un siècle parce que violente et injuste
a offensé le coeur d´un peintre appelé Goya,
qui avait un coeur très grand, plein de emporté
et plein d´amour. Mais cela, ce n´est rien, mes enfants..
Qu´un épisode, un épisode bref,
dans cette chaîne où vous êtes les chaînons (ou vous ne serez pas)
de fer et de sueur.et de sang et d´un peu de sperme
en chemin vers le monde dont je rêve pour vous.
Croyez qu´aucun monde, où rien ni personne
vaut plus qu´une vie ou la joie de l´avoir.
C´est cela qui importe le plus – cette gaité
Croyez que la dignité dont on vous ira tellement parler
n´est que cette allégresse qui vient
d´être vivant et sachant que jamais
quelqu´un est moins vivant ou souffre ou meurt
pour qu´un seul parmi vous résiste un peu plus
à la mort qui est à tous et viendra.

[...]
J´avoue que
souvent quand je pense à l´horreur de tant de siècles
d´oppression et de cruauté, j´hésite par moments
et une amertume m´engloutit inconsolable.
Seront-ils en vain ou non ? Mais, même s´ils ne le sont pas
qui fait ressuscister ces millions, qui restitue
non seulement la vie, mais tout ce que leur a été enlevé ?
Aucun instant qu´ils n´ont pas vécu, cet objet-là
dont ils n´ont pas joui,, ce geste
d´amour, qui feraient « demain » .
Et, pour cela, le même monde que nous créions
il nous,revient de le soigner, comme une chose
qui n´est pas á nous, qui nous est cédée
pour la garder avec respect,, comme une chose
en mémoire du sang qui coule dans nos veines
de notre chair qui a été une autre, de l´amour qui
d´autres n´ont pas aimé parce qu´on le leur a volé.

(1988a: 123/124)

Américas/Amériques

Patos voam no Hemisfério Norte cisnes voam no norte
do Hemisfério Norte
passam fronteiras sangram nas fronteiras
por serem daqui ou dacolá

Pássaros voam para o Hemisfério Sul
Peixes migram do sul do Hemisfério Sul para o Norte
pouco importa as fronteiras
...sangram do alto e no baixo

Se há fome ou guerra étnica

Pouco importa de onde vêm e para onde vão

Passáros cisnes patos e peixes se vão para o Ocidente
dos Hemisférios Sul ou Norte
onde não se lhes perguntam suas origens

pois, sangram uns dentro dos outros misturando o sangue de seus corpos de animais

do mundo

Num só mundo, único?


de Luiz Fernando Gaffrée Thompson



En français:


Les canards volent dans l ´Hémisphère Nord, des cignes volent au nord de l´Hémisphère Nord
passent des frontières, saignent aux frontières
parce qu´ils sont d´ici ou d´ailleurs

Des oiseaux volent vers l´´Hémisphère Sud
Des poissons migrent du sud de l´Hémisphère Sud vers le Nord
peu importe les frontières
...saignent du haut et dans le bas

S´il y a famine ou guerre éthnique

Peu importe d´où ils viennent ou où ils vont

Les oiseaux cignes canards et les poissons s´en vont vers l Occident
des Hémisphères du Sud ou du Nord
où l´on ne leur demande pas leur origine

puisqu´ils saignent en mélangeant le sang de leur corps d´animaux

du monde

Dans un seul monde unique?


Versão para o francês do autor/ version pour le français de l´auteur
Luiz Fernando Gaffrée Thompson

Escalera inanimada

Delatar lo impropagable



el latido cálido de lágrimas



los emisarios amargos de palabras



tejiendo seda de arañas para ocultar el aire



Hay sitios mayúsculos de muerte



paisajes de nunca visitarles



el estremecimiento tardío de los huracanes viscerales



Allí donde nunca bebimos olvido sube la escalera inanimada



de la sangre.



Sube despiadada



grita



mueve pueblos vacíos, aeropuertos distantes



cadenas en los dias en que uno envejece tristemente



apagando los relojes con espuma de sal desordenada



Nadie toca la puerta.



Se cierran los rincones con lluvia equivocada.



La ceniza de los ojos del pan



el almuerzo a las seis de la tarde



los pasos sobre las miradas que huyen



las manos que no tendemos a nadie.



Ven a ver los círculos de la magia, la noche sin sueño, las cucarachas



Los vientres ácidos pierden ojos en el túnel



Me sumergo en escombros



ya pasarás un día por las telarañas de seda , ten presente



el fulgor de collar imantado sobre los museos



los fusiles igual que las guitarras



explotan en el bosque fríos e inaccesibles



en el oro salvaje de una noche olvidada.



No digo casi nada.



Todos los nombres crecen de un destrozo de calles



donde alguien ama los fantasmas de las bestias



con una prolijidad incomparable.



Estoy sola.



Me miran morir las viejas estatuas con ojos violentos



apagados



y leo una carta interminable de catástrofes



mientras estallan hogueras en los muñones de mis



dedos y escribo con los restos de las frutas que me nacen



de Laura Inés Martínez Coronel

sábado, 14 de janeiro de 2012

Livro/Livre VI, da poeta (poetisa) portuguesa/ de la poète (poétesse) portuguesa/portugaise Sophia Andresen

As pessoas sensíveis
As pessoas sensíveis não são capazes
De matar galinhas
Porém são capazes
De comer galinhas

O dinheiro cheira a pobre e cheira
À roupa do seu corpo
Aquela roupa
Que depois da chuva secou sobre o corpo
Porque não tinham outra
O dinheiro cheira a pobre e cheira
A roupa
Que depois do suor não foi lavada
Porque não tinham outra

"Ganharás o pão com o suor do teu rosto"
Assim nos foi imposto
E não:
"Com o suor dos outros ganharás o pão."

Ó vendilhões do templo
Ó constructores
Das grandes estátuas balofas e pesadas
Ó cheios de devoção e de proveito


Perdoai-lhes Senhor
Porque eles sabem o que fazem.




Les gens sensibles

Les gens sensibles ne peuvent pas
Tuer des poulets
Mais ils peuvent quand même
Manger du poulet

L´argent pue les pauvres et pue
Les habits de leur corps
Ces habits-là
Qui après la pluie a séché sur leur corps
Parce qu´ils n´avaient pas d´autres
L´argent pue la pauvreté et pue
Les habits
Qui après la sueur n´ont été lavés
Parce qu´ils n´en avaient pas d´autres

“Avec la sueur de ton front tu gagneras ton pain”
Ceci nous a été imposé
Et pas:
Avec la sueur des autres tu gagneras ton pain

Oh marchands du temple
Oh bâtisseurs
De grandes statues gonflées et Lourdes
Oh pleins de dévotion et de profit

Pardonnez-les Seigneur
Parce qu´ils savent ce qu´ils font

Traduction pour le français de
Luiz Fernando Gaffrée Thomspson
(Livro sexto)

Mar Novo II/Mer Nouvelle II, da poeta (poetisa) portuguesa/de la poète (poétesse) portugaise Sophia Andresen

Porque os outros se mascaram mas tu não
Porque os outros usam a virtude
Para comprar o que não tem perdão.
Porque os outros têm medo mas tu não.
Porque os outros são os túmulos caiados
Onde germina calada a podridão.
Porque os outros se calam mas tu não.
Porque os outros se compram e se vendem
E os seus gestos dão sempre dividendo.
Porque os outros são hábeis mas tu não.
Porque os outros vão à sombra dos abrigos
E tu vais de mãos dadas com os perigos.
Porque os outros calculam mas tu não.


Pourquoi les autres se masquent mais pas toi
Pourquoi les autres utilisent la vertu
Pour acheter ce qui n´a pas d´excuse
Pourquoi les autres ont peur mais pas toi
Pourquoi les autres sont les tombeaux blanchis à la chaux
Oú germe silencieuse la pourriture
Pourquoi les autres se taisent mais pas toi
Pourquoi les autres s´achètent et se vendent
Et leurs gestes donnent toujours des dividendes
Pourquoi les autres sont habiles mais pas toi
Pourquoi les autres vont à l´ombre des abris
Et tu vas main dans la main avec les dangers
Pourquoi les autres calculent mais pas toi.

Poème de la poète portugaise Sophia Andersen, traduit
pour le français par Luiz Fernando Gaffrée Thompson.

Mar Novo/ Mer Nouvelle da poetisa (ou poeta) /de la poétesse ou (poète) portuguesa/portugaise Sophia Andersen.

Este é o tempo
Este é o tempo
Da selva mais obscura

Até o ar azul se tornou grades
E a luz do sol se tornou impura

Esta é a noite
Densa de chacais
Pesada de amargura

Este é o tempo em que os homens renunciam.


in Mar Novo (1958)
Celui-ci c´est le temps

Celui-ci c´est le temps
De la jungle plus sombre

Même l´air bleu est devenu des grilles
Et la lumière du soleil est devenue impure

Celle-ci c´est la nuit
Dense de chacals
Lourde d´amertume

Celui-ci c´est le temps où les hommes renoncent
Traduction en français de Luiz Fernando Gaffrée Thompson

Extraído de um dos prefácios do poeta portuguès/ Tiré d´un des préfaces du poète portugais Jorge de Sena.

[…] Nenhuma liberdade estará jamais segura, em qualquer parte, enquanto uma igreja, um partido, ou um grupo de cidadãos hiper-sensíveis, possa ter o direito de governar a vida privada de alguém. Do mesmo modo, não devemos nunca pactuar com a ideia de que qualquer reforma vale o preço de uma vida humana. Mais do que nunca, num mundo onde as vidas humanas se tornaram tão baratas que podem ser gastas por milhões, aos escritores cumpre resistir. (1988, p. 21)



[...] Aucune liberté ne sera jamais assurée, nulle part, tandis qu´ne église, un parti politique ou un groupe de citoyens hiper-sensibles puissent avoir le dorit de gouverner la vie privée d´autrui. Ainsi, on de doit jamais accepter l´idée, selon laquelle, une quelconque réforme vaut le prix d´une vie humaine. Plus que jamais, dans un monde où les vies humaines sont devenues si bon marché qu´elles peuvent être dépensées par des millions, aux écrivains il revient de résister.

Traduction en français de Luiz Fernando ;Gaffrée Thompson

Texte extraído do prefácio de Poesia I, do poeta protuguês Jorge de Sena/Extrait du préface de Poésie I, du poète portugais Jorge de Sena.

Como um processo testemunhal sempre entendi a poesia cuja melhor arte consistirá em dar expressão ao que o mundo (o dentro e o fora) nos vai revelando, não apenas de outros mundos simultânea e idealmente possíveis, mas principalmente, de outros que a nossa vontade de dignidade humana deseja convocar a que o sejam de facto. Testemunhar do que, em nós e através de nós, se transforma, e por isso ser capaz de compreender tudo, de reconhecer a função positiva ou negativa (mas função) de tudo, e de sofrer na consciência ou nos afectos tudo, recusando ao mesmo tempo as disciplinas em que outros serão mais eficientes, os convívios em que alguns serão mais pródigos, ou o isolamento de que muitos serão mais ciosos – eis o que foi, e é, para mim, a poesia. (1988: 25-26



Comme dans un processus de témoignage, j´ai toujours ainsi compris la poésie : le meilleur art y consistera à donner de l´expression à ce que le monde (le dedans et le dehors) nous révèle au fur et à mesure, non seulement d´autres mondes simultanément et idéalement possibles, mais surtout, d´autres encore que notre volonté de diginité humaine souhaite convoquer pour qu´ils existent effectivement. Témoigner ce qu´en nous et par notre intermédiaire se transforme et, pour cela, être capable de comprendre tout, de reconnaître la fonction positive ou négative (mais la fonction) de tout, et de souffrir dans la conscience ou dans les affections tout, en refusant les disciplines oú d´autres seront plus efficaces ; les expériences de vie où d´autres seront plus généreux, ou l´isolement dont beaucoup seront plus consciencieux – voilà ce qui a été pour moi la poésie.

Traduction en français de Luiz Fernando Gaffrée Thompson

Relação entre poesia e vida/ Relation entre poésie et vie, do poeta portuguès/du poète portugais Jorge de Sena

Toda a poesia, grande ou pequena, maior ou menor, é (ou não será) uma crítica da vida, uma meditação sobre o estar no mundo, uma súbita visão profunda de insuspeitadas correlações entre nós e as coisas, entre nós e nós mesmos. Mas é também a capacidade de dar uma estrutura e um sentido ao próprio acto de viver, e ao problema de conhecer e de pensar, e à História como continuidade humana. (Op.cit., p. 106).



Toute la poésie, grande ou petite, mineur ou majeur, est (ou ne sera pas) une critique de la vie, une méditation sur le fait d´être dans le monde, une soudaine vision profonde d´insoupçonnées corrélations entre nous et les choses, entre nous et nous-mêmes. Mais c´est aussi la capacité de donner une structure et un sens à l´acte même de vivre, et au problème de connaìtre et de penser, et à l´Histoire comme une continuité humaine.

Traduction en français de Luiz Fernando Gaffrée Thompson,

O conceito de escrita/Le concept d´écriture, de Rancière

O conceito de escrita é político porque é o conceito de um ato sujeito a um desdobramento e a uma disjunção essenciais. Escrever é o ato que, aparentemente, não pode ser realizado sem significar, ao mesmo tempo, aquilo que realiza: uma relação da mão que traça linhas ou signos com o corpo que ela prolonga; desse corpo com a alma que o anima e com os outros corpos com os quais ele forma uma comunidade; dessa comunidade com a sua própria alma. […] o ato de escrever é uma maneira de ocupar o sensível e de dar sentido a essa ocupação. Não é porque a escrita é o instrumento do poder ou a via real do saber, em primeiro lugar, que ela é coisa política. Ela é coisa política porque seu gesto pertence à constituição estética da comunidade e se presta, acima de tudo, a alegorizar essa constituição. (RANCIÈRE, 1995, p.7)



Le concept d´écriture est politique, parce que c´est le concept d´un acte passible d´un dédoublement et d´une disjonction essenciels. Ecrire est l´acte qui, apparemment, ne peut pas être réalisé sans signifier, en même temps, ce qu´il réalise : une relation de la main qui trace les lignes avec le corps qu´elle prolonge, de ce corps avec l´âme qui l´anime et avec les autres corps avec lesquels elle forme une communauté ; de cette communauté avec son âme. [...] l´acte d´écrire est une manière d´occuper le sensible et de donner du sens á cette occupation. Ce n´est pas parce que l´ecriture est l´instrument du pouvoir ou la voie royale du savoir, avant tout, qu´elle est politique. Elle est une chose politique parce que son geste appartient à la constitution esthétique de la communauté et sert surtout à alégoriser cette constitution.

Traduction en français - à partir de la traduction en langue portugaise – de
Luiz Fernando Gaffrée Thomspon

quinta-feira, 12 de janeiro de 2012

Questions se rapportant au texte Les Femmes dans les pays latins.

1. Pourquoi Dominique Folsheid parle de tragédie moderne, c´est-à-dire, d´une affaire du destin?

2. Comment interprétez-vous que cette histoire de pouvoir et sexe aurait été beaucoup plus scandaleuse si elle s´était déroulée à Paris?

3. D´après le texte, quelles caractéristiques des protagonistes de cette affaire auraient produit le scandale?

4. Expliquer le terme "sidération", selon ce que vous comprenez du texte.

5. Quelle est la différence entre les pays anglo-germaniques et les pays latins en ce qui concerne la vie privée et la vie publique, selon le texte? Etes-vous d´accord avec cette théorie?

6. Dans les pays latins, le succès sexuel masculin peut être vu comme une caractérisque qui aide le leader à garantir sa place?

7. Selon l´auteur, quelle est la manière la plus adéquate de juger les hommes au pouvoir, la latine ou l´anglo-germanique?

8. Comment le christianisme voit l´être humain par rapport au divin (regarder le texte)?

9. Est-ce que le dieu chrétien accepte bien le culte de la personnalité?, Expliquez quel est l´avis de Dominique Folsheid?

10. Selon vous, comment cette sexualité ardente des hommes au pouvoir, bien considérée dans les pays latins, apparaissent "au féminin", quand il s´agit de femmes latines au pouvoir, comme notre présidente ou celle de l´Argentine?

segunda-feira, 9 de janeiro de 2012

PRE-positions DE-racinées.

DELICATESSE Silencieuse et SOMNANBULE
PIEDS NUS Piétinent sur la GARIGUE
DE LA MORT Subtilement SENTIE
(MAUVAIS SORT) Misère
Mireille MEDISANTE

SURVIE Ensuite A
ENSEVELI le Désir DE
LARBIN Disponible POUR
SACRILEGE Gaspillé A

de Lucianna Gaffrée traduit pour le français
par Luiz Fernando Gaffrée Thompson

DESIR Sortilège

Entre otras cosas

Perdido, entre as naus de Fernando e Isabel
Invadido por escritos de Lorca e Borges
Assisto a filmes de Saura com Bernal
Nado para as costas do Pacífico do Sul
Perco o oxigênio nos picos dos Andes
... E prendo a respiração diante das obras de Dalí e de Gaudí

Todavia, Fernando e Isabel levam-me à Bahia
Lorca e Borges recitam-me Camões e Pessoa
Saura trabalha com Gláuber e Bernal com Gal
Chego às praias do Chile e atravesso os Andes
Antes de chegar ao Rio, passo pelo Rio da Prata
E, aqui, idolatro Niemeyer, Pelé e Carmem, brasileira de Portugal

de Luiz Fernando Gaffrée Thompson

quinta-feira, 5 de janeiro de 2012

Pré-Posições Des(a)tinadas (de Luciana Gaffrée)

Delicadeza Silenciosa e Sonâmbula
Descalça Sapateia no Sertão
Da Morte Sutilmente Sentida
(Desdicha) Miséria
Severina Sorrateira

Sobrevida Depois de
Soterrado o Desejo a 
Serviçal Disponível para
Sacrilégio Despertiçado em 

de Luciana Gaffrée



Despejo Sortilégio... 

terça-feira, 3 de janeiro de 2012

O que restou do Império Colonial Francês.

Para os meus alunos/pour mes élèves, lista/liste das colônias francesas ainda existentes/des colonies françaises existant encore, chamadas de/appelées de: Departamentos de Ultramar/Départements d´Outre-Mer, Territórios de Utramar/Territoires d´Outre-Mer, Coletividades Territoriais: Guiana Francesa/Guyanne, Guadalupe/Guadeloupe, Martinica/Martinique: América do Sul e Antilhas/Amérique du Sud et Antilles; Córsega/Corse: Europa/Europe; Saint-Pierre et Miquelon: América do Norte/Amérique du Nord; Reunião/Réunion: África/Afrique; Nova Caledônia/Nouvelle Calédonie, Taiti/Tahiti: Oceania/Océanie