A minha vida imita a minha arte

Espero que gostem
das nossas imitações
colocadas em palavras
virgulando, reticenciando
Nossos mergulhos
Nessa loucura chamada
Pensamento

Luciana Gaffrée

quarta-feira, 23 de janeiro de 2013

Mes Petites amoureuses


Mes petites amoureuses

Un hydrolat lacrymal lave
Les cieux vert-chou
Sous l'arbre tendronnier qui bave,
Vos caoutchoucs

Blancs de lunes particulières
Aux pialats ronds,
Entrechoquez vos genouillères,
Mes laiderons !

Nous nous aimions à cette époque,
Bleu laideron !
On mangeait des oeufs à la coque
Et du mouron !

Un soir, tu me sacras poète,
Blond laideron :
Descends ici, que je te fouette
En mon giron ;

J'ai dégueulé ta bandoline,
Noir laideron ;
Tu couperais ma mandoline
Au fil du front.

Pouah ! mes salives desséchées,
Roux laideron,
Infectent encor les tranchées
De ton sein rond !

Ô mes petites amoureuses,
Que je vous hais !
Plaquez de fouffes douloureuses
Vos tétons laids !

Piétinez mes vieilles terrines
De sentiment ;
- Hop donc ! soyez-moi ballerines
Pour un moment !...


Vos omoplates se déboîtent,
Ô mes amours !
Une étoile à vos reins qui boitent
Tournez vos tours !

Et c'est pourtant pour ces éclanches
Que j'ai rimé !
Je voudrais vous casser les hanches
D'avoir aimé !

Fade amas d'étoiles ratées,
Comblez les coins !
- Vous crèverez en Dieu, bâtées
D'ignobles soins !

Sous les lunes particulières
Aux pialats ronds,
Entrechoquez vos genouillères,
Mes laiderons 
Arthur Rimbaud

sábado, 19 de janeiro de 2013

Vida e morte/ Vie et mort.

Trabalhar muito, até o esgotamento, e se estressar com o trabalho, não mata não...fortalece! O que mata é ficar ocioso, olhando para o teto, para o passado!

Travailler, jusqu´à l´épuisement, et se stresser avec le travail, ne tue pas, au contraire, ça fait du bien. Ce qui tue, c´est le fait de rester oisif, en regardant dans le vide, le passé!

sexta-feira, 18 de janeiro de 2013

Transbordamentos - de Luciana Gaffrée


Quando te vi
Pedi mais Uvita
Pisquei mil vezes
Ergui meu corpo
Soltei meu copo

Liberei meu cabelo
Me pus estrela
Movi pernas
Fiz-me notar

Caminhei
Lentamente
Decididamente
Cruzei o salao
E te vi, te vi

Te vi...
Te vi...
Mais e novamente
Novamente e mais
te vi e te vi

Até mesmo ao ir embora
Te vi...
Fumando te vi
Tanto que só te vi

Captei teu colarinho
Nao de cerveja nao
Colarinho de pescoco
Sustentado num belo
Grande e moreno maxilar
De olhos de artista

Era transbordamento da vontade
Desejo de perguntar encantada
Por acaso voce é o meu Chico?


de Luciana Gaffrée

Fito Paez - Un vestido y un amor. - http://www.youtube.com/watch?v=5DESBORDAMIENTOS

Cuando te ví
Pedí más Uvita
Parpadeé mil veces

Levanté mi cuerpo
Dejé mi vaso

Liberté mi cabello
Me puse estrella
Moví piernas
Me hice notar

Caminé
Despacio
Decididamente
Crucé el salón de baile
Y te ví, te ví

Te ví...
Te ví...
Más y una vez más
Una vez más y más
Te ví y te ví

Incluso cuando me iba
Te ví...
Fumando te ví
tanto que sólo te ví

Capté el cuello
No el de la cerveza
Sino él de tu camisa
Anclado en una bella
Grande y morocha mandíbula
De ojos de artista

Era desbordamiento del deseo
Deseo de preguntar encantada
Mi Chico no serias tu?

de Luciana Gaffrée
U5FatHNB8c



domingo, 13 de janeiro de 2013

Soneto quebrado, em homenagem à Leila.

Leila Hemes da Fonseca é feita de mel e de fibra

fibra tirada da cana de alagoas, do mel do seu ardor

Leila é inteligência límpida enternecida pela maternidade, brida

por camadas de alegria contida de ironia, na dor


 Republicana no nome, é o melhor exemplo que conheço da aristocracia

Nasceu para ser livre, como quis seu antepassado para o Brasil

foi apeada pelos valores de uma sociedade feminina servil

circuncidada, castrada, em prol da manutenção da nobreza da falocracia


Ma chandelle est morte je n´ai plus de feu  

abre a porta, de sua consciência inconsciente, pour l´amour de Dieu

 para que eu possa viajar com você, para sempre, para longe.



de Luiz Fernando Gaffrée Thompson.

domingo, 6 de janeiro de 2013

Ao etos fabulador de Laura.

O amarelo dos ovos da geleia explode em miríades de sal de estrelas

 como a toca da árvore carregada de musgo salpica o doce de mel

pego 

o elevador sobe quieto esgueirando-se pelos armários do dossel  

conduzindo para além das algazarras do frenesi dos meninos que pensam em tê-la

rego

 o teu etos fabulador do esperma benfazejo crivado das balas de acepipes múltiplos

 nego

tudo.



 de Luiz Fernando Gaffrée Thompson.

La voracidad de la fábula.


No eres tú, rastro de ausencia soledad de la voz prueba
aullido
no eres tú callada desmemoria pausa en los caminos intransigencia modo-también mutismo-
ácido tatuaje de un  reloj en la emboscada del perímetro
ahora soy bicéfala
toco el pulso del agua
el temporal desnudo pisadas en el bosque del cuerpo
no eres tú
palabra en el tiempo de esa muerte que nos nace
yo sola cabizbaja de espaldas al árbol que cae inadjetivable lúcido
el amor
uno sabe que es oficio cerrado de sonámbulos inquietos
igual camina igual esconde igual peregrina en escondrijos de ciego
sabe
que nunca puede ser siempre algunas veces sucede que en el hotel las puertas viejas de los ascensores
se abren súbitamente
sangras
la espalda te conmueve ha bastado un poco de música un cielo nocturno con agitados semáforos
el suplicio del placer el tatuaje silencioso las medias araña que se pierden tan blancas
mejilla empapada en mermelada de ojos que huyen en el presentimiento de la jaula
las figuras aguardan y nadie pone orden
no eres tú
nadie pone orden
salvo los espejos que naufragan.


de Laura Inés Martínez Coronel.