Borboletas atravessam meu cérebro insensato
Tremo dos pés à cabeça no vácuo do trem.
sou conduzido para o além
envolto nas espumas produzidas pelos pássaros no mato.
A música tabalha meus ouvidos e martela minha aura.
Sou conduzido para fora de mim mesmo.
e vago pelo caminho lamacento a esmo
Perfumes fecais de vacas parindas envolvem a aurora.
Arrepio de prazer ao humectar a natureza
O vento acaricia meus pelos e penetra
Sou o viajante da lua, realeza
Nas palmas da mão sinto a sua doce aspereza
país longínquo, furto na minha vida de asceta.
Fruto de imagens senis e boas alargadas pela correnteza.
de Luiz Fernando Gaffrée Thomspon
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