Sinto um friozinho em Viseu e em Resende
quando o carro pára para o almoço regado a azeite
Em Chaves encontro a entrada para as Agulhas Negras
Olho o mar, da Gávea vejo o Leme e a Torre de Belém
O Arpoador, que no Porto, pesca sardinhas fritas
É sol, é sal, é cheiro de marisia, gosto de língua
Da língua portuguesa.
Subo os arrecifes et mergulho até sair no cabo
no Cabo Verde e no Cabo Branco,
Canto com Cesária Évora e a loura de Campina Grande
com Capinam, Geraldo Azevedo e Elis Regina
Vou à praia em Praia, pelo sal do mar chego a Luanda
Bebo da Agualusa, procuro a mar, a brisa,a Marisa
em Maputo, puto,enrubecido da aliteração óbvia
Desço aos baixios das cidades baixas
e vou aos píncaros das cidades altas
De Porto Alegre vou ao Porto!...
navego, pois é preciso
Encontro um timoneiro e perco o Norte em Timor-Leste
O Príncipe de São Tomé tem um manto de vieiras com sal
da Guiné Bissau, de Portugal e de Natal, afinal:
O jogo de palavras
da homenagem à nossa identidade
me cansou, mas já me consolou
e deu até rima, prima,
Luciana
de Luiz Fernando Gaffrée Thompson
Aqui encontrarão contos, poesias e reflexões de vários amigos e/ou poetas amorosos, amigos e queridos, de várias partes do mundo, em um trabalho muitas vezes inconcluso. Esperamos que gostem. Luciana Gaffrée; Luiz Fernando Gaffrée Thompson materportugues@gmail.com
A minha vida imita a minha arte
Espero que gostem
das nossas imitações
colocadas em palavras
virgulando, reticenciando
Nossos mergulhos
Nessa loucura chamada
Pensamento
Luciana Gaffrée
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