A minha vida imita a minha arte

Espero que gostem
das nossas imitações
colocadas em palavras
virgulando, reticenciando
Nossos mergulhos
Nessa loucura chamada
Pensamento

Luciana Gaffrée

domingo, 10 de julho de 2011

Literatura lusófona, homossexual, corsa? Por quê?

A questão recentemente foi-me colocada pelo blog com o qual colaboro "Pour une littérature (et d´autre(s) corse(s. O objetivo desta revista virtual é de soerguer e promover a literatura (e outras artes) da ilha da Córsega, província francesa, espécie de enclave situado entre as ilhas e a bota italiana, uma comunidade teritorial de minoria cultural francesa. Convém lembrar que as línguas e culturas regionais francesas, depois de sua decadência advinda durante o século XX, tentam se recuperar, reafirmarem-se. O assunto também me lembra um tema que pensei em escolher para minha dissertação de mestrado na UFRJ: a literatura homossexual (focalizando Jean Genet) uma literatura de gênero. O que me foi desenoorajado por ser a obra de Jean Genet maior do que a etiqueta que eu queria colocar. Ao mesmo tempo, estudávamos a escrita feminina, tomando, por exemplo, como corpus, obras de Lia Luft, o que mostrava a possiblilidade de subdivisões. Ainda mais um exemplo da repartição da produção literária em compartimentos culturais (geográficos, linguisticos, de gênero), o estudo que se fazem necessariamante, nas universidades brasileiras, quando se vai obter um título de professor de português, das literautras lusófonas: brasileira, portuguesa e africana de expressão portuguesa, a que chamamos de "vernáculas". Vamos, então, cingirmo-nos a um universo de reflexão, não aleatória, mas onde circulo melhor: a literatura corsa,a literautra homossexual, a literatura lusófona.
A minha primiera pergunat é saber como caracterizar cada uma dessas especificidades e em segundo lugar, pergunto-me por que e se é válida a defesa de tais "igrejinhas" literárias.
É a temática que me salta aos olhos como primeira marca para caraterizar tais literaturas, seguida da identidade cultural dos autores de tais obras e, terceiro temos a língua em que se expressam tais artistas. Vemos que são critérios que não servem para todos os casos apresentados. A temática sem dúvida parece ser mais marcante e verificável. Então haveria obras e não autores de determinadas temáticas, uma vez que Paulo Coelho pode usar assuntos brasileiros nos seus poemas escritos nas letras das canções em parceria com Raul Seixas e se ater a inquitações universais do ser humano no seus romances; André Gide dedica-se à temática homossexual em "L´immoraliste" e à filosofia em "Les Faux monnayeurs" e Marie Susini escrevu uma "Trilogie Corse", regional, ou "C´était cela notre amour", em que analisa as relações humanas na Paris de maio de 68. Aqui foram citados alguns casos emblemáticos á guisa de exemplo. Quanto à identidade culutral dos autores das obras, não precisamos ir muito longe, os exemplos citados mostram uma autora corsa que escreve sobre Paris, sob um um olhar parsisiense et um autor homossexual que se debruça sobre problemas existenciais com os mesmos sentimentos que um hetero sexual aparentemente teria sobre o mesmo tema e o sucesso de Paulo Coelho no mundo todo mostra que a sua leitura dos problemas íntimos do se humano são o mesmos em qulaquer lugar do planeta. Passmos ao idioma que tanto marca a nossa literatura LUSÓFONA, cujo nome já carrega a marca do lígua em que é escita. Entretanto, há autores homossexuais, é claro, com temáticas homossexuais em diversas línguas e culturas, podemos citar peças de Nélson Rodrigues ou as de Genêt, apenas para ilustrar, pois são muitas. Quanto ao idioma em que se escreve, já devido aos exemplos que foram dados, vemos que o parâmetro se aplica, dentro do universo que escolhemos, às obras em português. Cabe lembrar (a despeito da literatura oral tribal dos índios do Brasil e das tribos africanas) ressaltar que da fronteira da Galícia com Portugal, até o Acre no extremo Oeste co Brasil, à fronteira do Brasil com o Uruguai, passando pelos países de expressão portuguesa da Ágrica e Timos-Leste, temos um universo linguístico homogêneo, do qual não nos damos conta. Claro que há diferenças de prosódia e e de léxico, mas é pouco se compararmaos aos grandes impérios lingusinticos do Ocidente, como o mundo hispanoparlante, anglófono ou francófono. Podemos citar como exemplo a Córsega, que tem um subsatrto de língua corsa, uma francofina dominante, que já foi italofônica, pelo fato do corso sóe ter adquirido codiicação escrita nos últimos trinta anos. portuanto escrevem em francês, agora e corso, já foi em italiano (toscano) e em latim.
Neste universo tão fragmentado, acho válida a defesa e um determinado tipo de literatura com um determinado tipo de literatura! Por razões políticas! A literatura corsa, deve-se defender para fazer sua vos ecoar, no universo riquíssimo e universalmente dominante da literatura francesa, pela sua temática: a literatura homossexual como um libelo de libertade de gênero pela sexualidade de seus autores e a literatrura lusófona, num Ocidente, de literaturas de renome e muito veiculadas, como a francesa, a inglesa, a russa, a italiana ou a espanhola, tem que difundir-se,fazer-se respeitar.
São pontos de vista pessoais que coloco aqui para que sejam debatidos.

de Luiz Fernando Gaffrée Thompson


(Je traduirai en français)

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