Eles ameaçam: ai, que perigo!
Implicam: me inibo!
Se irritam: respondo?
Perdem a linha e...não tem mais jeito!
Matam por ideais, na França, na Noruega
Os russos, os espanhóis, todos na Europa
Sem pejo!
Sou mestiço com cara de italiano
Brasileiro, filho de brasileiros, amarelo, negro, ariano
E ainda me espanta a busca da raça pura
Eugenias pesquisadas através de luta dura
Por esses descendentes de árabes abasanados
De vikings bárbaros e de orientais aculturados
Que não temem faxineiros étnicos bem treinados.
Mas eu, brasileiro no Bois de Boulogne
Que dei falando português em cima de meus tamancos
Sem idais, fugindo pelos barrancos
Calo a boca, faço ouvidos de mercador!
Felizmente sou livre
Filho de descendentes de colonos
De índios e de africanos
Minha sexualidade permite a junção
E a fome me presenteou a prostituição
E também ser generoso com o que posso possuir
Agir como quiser: foder, dar e comer
Pensar sem pré-conceber.
Sou filho das Américas, liberado para criar
Como um alforriado, grito de prazer, todo melado.
PS: É interessante lembrar que na França "brésilien" se tornou sinônimo de travesti, em virtude do grande número destes profissionais do sexo que se prostituiam no Bois de Boulogne, em Paris. Também convém saber que "portugaises" é sinônmimo de ostras, pois um grande número destes crustáceos vão de Portugal para as mesas francesas.
de Luiz Fernando Gaffrée Thompson.
Aqui encontrarão contos, poesias e reflexões de vários amigos e/ou poetas amorosos, amigos e queridos, de várias partes do mundo, em um trabalho muitas vezes inconcluso. Esperamos que gostem. Luciana Gaffrée; Luiz Fernando Gaffrée Thompson materportugues@gmail.com
A minha vida imita a minha arte
Espero que gostem
das nossas imitações
colocadas em palavras
virgulando, reticenciando
Nossos mergulhos
Nessa loucura chamada
Pensamento
Luciana Gaffrée
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