A minha vida imita a minha arte

Espero que gostem
das nossas imitações
colocadas em palavras
virgulando, reticenciando
Nossos mergulhos
Nessa loucura chamada
Pensamento

Luciana Gaffrée

segunda-feira, 25 de abril de 2011

Os quereres da LyGia



Eu quero tantas coisas
boas
Eu quero tantas coisas
simples
Eu quero tantas coisas 
comuns

Quero uma casa cheia
Com muito riso de criança
Quero cozinha gostosa
Com muito prato na mesa

Quero um amor companheiro
Desses de fazer "parrilla"
Quero amigos grudados
Desses que caem na nossa vida

Quero muita alma grande
Muito amor com cerveja
Muito beijo e desenho animado
Sexo e viagem de carro

Quero vento na janela
Quero familia reunida
Muito jogo de mesa
E afeto à beça

          à beça

de Luciana Gaffrée




Quero que os queros
sejan mais que tomaras.
Que os queros de todos
procurem mais boas caras.

de Patricia Carabelli





Lygia era minha mãe!
Lindo, Luciana, quase chorei, Lygia era o nome da minha mãe, sua tia-avó! Obrigado!!! Beijos. Não tem como eu responder a um poema que me toca tão fundo e que realmente se parece com ela. Mais uma vez beijos e obrigado.
Luiz Fernando Gaffrée Thompson



Não quero injustiça, miséria ou despautério de riquezas inúteis
Não quero fúteis!
Quero nobreza, aristocracias de sentimentos humanos e de sensibilidade artística
Quero bondade e simplicidade que equipare a gente, todos nós!
Quero altivez et o olhar rebuscado de quem preza o universo
Não quero a mesquinhez de certos lugares torpes em que vivi
Quero a generosidade da Bahia que me viu crescer
O rigor e a disciplina gaúchas que me viram nascer
O cosmopolitismo e a beleza do Rio de Janeiro que me viu viver
Quero perecer, apesar da dor, forte como uma velha árvore
Cuja seiva se vai e cuja mente se sobrepõe, preparando seus brotos:
Brotos já tão maduros e tão frágeis!


dedico o poema à minha mãe, Lygia
Luiz Fernando Gaffrée thompson



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