Árstila
por Julio Pereira, quarta, 27 de abril de 2011 às 23:05
¿Qué hacen las caricias que se desprenden?
maduras y secas
gasas hiladas
de lúgubre blástilo
amístolas sinceras
Oh tú! entornador de microcóspulos
¿por qué debates mi aldamera?
drena mi brántula
férnica lambrica
de tersa dímora
altera mi dárdila
yo: lameré tu frío
mientras duermas.
Jacaré na lama
Mistérios subaquáticos
Água turva
Pela presença de
Micróspulos e micróbios
Pela presença de
Dádias e de dardos
Lamerés e de lamês
Fênicas que fornicam
Pelo amontoado de
Lambricas e lombrigas
Amístolas e amídalas
Blátilos e blasfêmias
Gasas e gases
Hiladas ilhadas
nhac nhac nhac nhac nhac
O jacaré não enxerga nada
Apesar de seus olhões
Mas vê as iscas que se desprendem
No lamaçal, seu habitat ideal
Tudo isso repleto de léxico
nhac nhac nhac nhac nhac
Hummmm!!! Que delícia!
Vou comer tudo
Dos micróspulos às hiladas
Também as gasas, os gases
E por que não as gazelas?
Vou sair da lama!
nhac nhac nhac nhac nhac
O jacaré limpou tudo,
inclusive os dentes,
A água ficou límpida
a lama virou areia
e o poema uma farsa
kkkkkkkkkkkkkkkkkkkkk
de Luiz Fernando Gaffrée Thompson,
com a permissão de Julio Pereira.
Aqui encontrarão contos, poesias e reflexões de vários amigos e/ou poetas amorosos, amigos e queridos, de várias partes do mundo, em um trabalho muitas vezes inconcluso. Esperamos que gostem. Luciana Gaffrée; Luiz Fernando Gaffrée Thompson materportugues@gmail.com
A minha vida imita a minha arte
Espero que gostem
das nossas imitações
colocadas em palavras
virgulando, reticenciando
Nossos mergulhos
Nessa loucura chamada
Pensamento
Luciana Gaffrée
sexta-feira, 29 de abril de 2011
segunda-feira, 25 de abril de 2011
Os quereres da LyGia
Eu quero tantas coisas
boas
Eu quero tantas coisas
simples
Eu quero tantas coisas
comuns
Quero uma casa cheia
Com muito riso de criança
Quero cozinha gostosa
Com muito prato na mesa
Quero um amor companheiro
Desses de fazer "parrilla"
Quero amigos grudados
Desses que caem na nossa vida
Quero muita alma grande
Muito amor com cerveja
Muito beijo e desenho animado
Sexo e viagem de carro
Quero vento na janela
Quero familia reunida
Muito jogo de mesa
E afeto à beça
à beça
de Luciana Gaffrée
Quero que os queros
sejan mais que tomaras.
Que os queros de todos
procurem mais boas caras.
de Patricia Carabelli
Lygia era minha mãe!
Lindo, Luciana, quase chorei, Lygia era o nome da minha mãe, sua tia-avó! Obrigado!!! Beijos. Não tem como eu responder a um poema que me toca tão fundo e que realmente se parece com ela. Mais uma vez beijos e obrigado.
Luiz Fernando Gaffrée Thompson
Não quero injustiça, miséria ou despautério de riquezas inúteis
Não quero fúteis!
Quero nobreza, aristocracias de sentimentos humanos e de sensibilidade artística
Quero bondade e simplicidade que equipare a gente, todos nós!
Quero altivez et o olhar rebuscado de quem preza o universo
Não quero a mesquinhez de certos lugares torpes em que vivi
Quero a generosidade da Bahia que me viu crescer
O rigor e a disciplina gaúchas que me viram nascer
O cosmopolitismo e a beleza do Rio de Janeiro que me viu viver
Quero perecer, apesar da dor, forte como uma velha árvore
Cuja seiva se vai e cuja mente se sobrepõe, preparando seus brotos:
Brotos já tão maduros e tão frágeis!
dedico o poema à minha mãe, Lygia
Luiz Fernando Gaffrée thompson
Pessach/Pâques
J´ai pris les quatre verres de vin
J´ai rêvé de toi à la prière sous la rosée
Surgi de la rivière en défilé triomphal
Tu as gagné la bataille ardente
Des dix fléaux du vieux et mort pharaon
original en portugais de Luciana Gaffrée et traduction en français de Luiz Fernando Gaffrée Thompson
J´ai bu du calice de vin et j´ai mangé du pain azyme
J´ai cherché le symbole de la nouvelle saison caché sous la rosée
Tu as surgi de la Voie Sacrée en marche triomphale
Tu as surmonté la bataille sinistre
Tu as ressuscité de Tes ennemis, humbles et soummis.
original en portugais et traduction en français de Luiz Fernando Gaffrée Thompson.
domingo, 24 de abril de 2011
Pessach/Páscoa
Tomei os quatro copos de vinho
Sonhei-te na prece pelo orvalho
Surgido do rio em marcha triunfal
Ganhastes a batalha ardente
Das dez pragas do velho e morto faraó
de Luciana Gaffrée
Tomei o cálice de vinho e comi do pão ázimo
Procurei o símbolo de Vossa ressureição escondido sob o orvalho
Surgistes da Via Crúcis em marcha triunfal
Ganhastes a batalha sinistra
Ressurgistes de Teus inimigos, servos subservientes.
de Luiz Fernando Gaffrée Thompson.
sábado, 23 de abril de 2011
Nuit
Lieu de la consciencePoignée d´organesur des pied nusDis-moi: pourquoi refuses-tu ma sueurMaintenant je vois, tu n´es ni blanc ni seulTa peau est peléeOn critPourquoi la nuit est-elle plus longue que le
jour?Qui la déguise?Il y a des ronces et des grillonsDes miaulements et des chattonsIl y a des mains maigresDes ombres de l´eauPourquoi se presse-t-on?Il y a un moment insupportableJamais imaginé.original en espagnol de Julio Pereira, traduit en français
par Luiz Fernando Gaffrée ThompsonPourquoi la veillée, la nuit blanche?Dis-moi à quoi ça sertles bêtes sinistres de l´obscurité?les ombres ténébreuses?les eaux froides qui coulent sournoisestes sueurs froides et tes muscles bandés?Viens habiter un tournesol sous la chaleur de midi,
être piqué par les abeilles et rafraîchi par le vol des
papillons.original en portugais et traduction en français de Luiz
Fernando Gaffrée Thompson.
Noche/Noite
Lugar de la consciencia.
Puñado de órganos
bajo pies descalzos.
Dime suelo: ¿por qué rechazas mi sudor?
Ahora veo, no es blanco ni es suelo
es piel despellejada.
Hay gritos
¿Por qué es más larga la noche que el día?
¿Quién la disfraza?
No sé.
Hay baldíos y grillos
maullidos y mizas.
Hay manos delgadas.
Sombras del agua
¿Por qué se adelantan?
Hay una hora terrible,
y una no imaginada.
de Julio Pereira
Por que ficas na vigília da noite?
Diga-me de que te servem
Os animais sinistros do escuro?
As sombras tenebrosas?
As águas correntes que não transparecem?
Teus suores frios e teus músculos hirtos?
Vem para o sol do meio-dia, morar num girassol
Ser modiscado por abelhas e abanado por borboletas
de Luiz Fernando Gaffrée Thompson
Puñado de órganos
bajo pies descalzos.
Dime suelo: ¿por qué rechazas mi sudor?
Ahora veo, no es blanco ni es suelo
es piel despellejada.
Hay gritos
¿Por qué es más larga la noche que el día?
¿Quién la disfraza?
No sé.
Hay baldíos y grillos
maullidos y mizas.
Hay manos delgadas.
Sombras del agua
¿Por qué se adelantan?
Hay una hora terrible,
y una no imaginada.
de Julio Pereira
Por que ficas na vigília da noite?
Diga-me de que te servem
Os animais sinistros do escuro?
As sombras tenebrosas?
As águas correntes que não transparecem?
Teus suores frios e teus músculos hirtos?
Vem para o sol do meio-dia, morar num girassol
Ser modiscado por abelhas e abanado por borboletas
de Luiz Fernando Gaffrée Thompson
quinta-feira, 21 de abril de 2011
Julio
El rostro sombreado con acero
Misterioso y fugaz, como los lobos
Lineas, puntos, planos, llenos y vacíos
Poesía concreta, concreto aparente
Julio, frío, miedo de la noche
Invierno, mate amargo
Campera y cigarillos
Lumbre oscuro, oscuridad luminosa
Árbol con dos frutos,
Retoños garbosos
Tronco helado
Lobos mariños
Playas desiertas
Piedras solas
de Luiz Fernando Gaffrée Thompson
frío en los huesos, arde, quema, arranca la galera de príncipe mendigo ese viento implacable que enrojece el rostro y la nariz chata sobre un vidrio vidriera mirando medialunas calientes humeante café .. julio frío.. mate sin amigo de dulc...es recuerdos y amargas las gotas de sal de los ojos cayendo una y otra y otra mientras nadie mira y todos los que pasan sonríen a la nueva oferta del día.. un abrigo espléndido en módicas cuotas y allí está tirado el rostro sombreado como acero .. con frío...
de Vivian Rabinovitch
Misterioso y fugaz, como los lobos
Lineas, puntos, planos, llenos y vacíos
Poesía concreta, concreto aparente
Julio, frío, miedo de la noche
Invierno, mate amargo
Campera y cigarillos
Lumbre oscuro, oscuridad luminosa
Árbol con dos frutos,
Retoños garbosos
Tronco helado
Lobos mariños
Playas desiertas
Piedras solas
de Luiz Fernando Gaffrée Thompson
frío en los huesos, arde, quema, arranca la galera de príncipe mendigo ese viento implacable que enrojece el rostro y la nariz chata sobre un vidrio vidriera mirando medialunas calientes humeante café .. julio frío.. mate sin amigo de dulc...es recuerdos y amargas las gotas de sal de los ojos cayendo una y otra y otra mientras nadie mira y todos los que pasan sonríen a la nueva oferta del día.. un abrigo espléndido en módicas cuotas y allí está tirado el rostro sombreado como acero .. con frío...
de Vivian Rabinovitch
terça-feira, 19 de abril de 2011
Mi Tablado Querido
Sentemonos acá cerquita que se ve bien
Apretate un poco que entran todos ché
Pasame el mate que se te cae la yerba
Que me duele el culo esa silla de mierda
Media docena de churros dale
Mijito no te duermas que aún falta
Sacame mi saco que hace frío pá
Dame un beso flaca...
Correte que no veo
Agarrate y sentate
Va a empezá
de Luciana Gaffrée
domingo, 17 de abril de 2011
Val, vallée, valoir, voler...
A Val d´Èse, on parle français et on fait du sky
A Val d´Aoste, on parle italien et on fait du sky
A Val d`Oise on parle français les gens s´entassent
A Val de Marne on parle français les gens s´entassent
Au Val de Loire on parle toutes les langues et les étrangers s´entassent
Il faut répandre la culture
Il faut attirer l´argent
Transformer
Aménager
Civiliser
Les ravins se font pistes blanches
Les rivières des patinoires
Les plateaux des tas d´usines
Les terrains en friche des HLMs
Beauté, humanité, occupation
Les vals de montagnes s´ emplissent
Dans les vallées de rez de chaussée on s´amoncelle
Quelle issue?
de Luiz Fernando Gaffrée Thompson
quinta-feira, 14 de abril de 2011
13.4
Ir y venir
Ya no al inicio sino al cansancio
En el aroma a jazmín colgar el aire
Andar
Mientras la tarde no cesa
De perderse.
de Alejandra Alma
o calor húmido desentoxica os músculos
o aroma penetrante do jasmineiro embriaga o espírito
os cordéis de estrelas cadentes iluminam o céu negro
o teu corpo libera o meu
Os oiros e os diamantes criam o nosso caminho para a eterna felicidade.
de Luiz Fernando Gaffrée Thompson
nunca supe cantar
Así, transparente
Construyendo por dentro, comprimido en rayos letras.
No, tras el vuelo nupcial con el dolor y el miedo
desgarrando con incisión profunda, labial. .
Si, acariciar el pulso del deseo,
Embandérame de su piel
Convulsionar de belleza floral.
Una y otra vez,en pie de guerra,
Rellenando con horas de lucha al anémico querer silente
Claustro involutivo que me pide y reclama . .
Veo el tedio decir su poesía
Penitente, entre gritos a
La fuga ,humedal del alma,
el intenso recurrente vestigio de sombras vigilantes
Vertido al espacio. .
“En el aroma a jazmín Colgar el aire”
Recobrare el aliento
de Peperino Pomolo
quarta-feira, 13 de abril de 2011
Le Maroc moderne, paradis perdu?
C´est une question que je me pose, fréquemment. J´ai connu le Marroc, ça fait 40 ans: j´en suis devenu amoureux. J´avais l´impression que c´était un pays du Tiers-monde, comme le Brésil, que mais sans le décalage entre les classes sociales; le mauvais partage de la richesse et, surtout, de la qualité de vie d´ici. L´impression c´est qu´il s´agissait d´un peuple de civilisation millénaire et pour cause adaptée au territoire et modus vivendi . La tradition arabe me semblait pleine de préceptes qui régissaient le savoir vivre et les bonnes manières, souvent différents de ceux des européens (et donc des nôtres), mais sans être pas pour autant moins sophistiqués, sympathiques ou nécessaires. J´ai toujours eu l´impression que nous avons imposé ic, au Brési,i (et imposons encore) les principes d´une civilisation qui ne s´adaptent pas à un territoire majoritairement équatorial et tropical, ce qui me faisait voir le Brésil comme un pays d´une civilisaton occidentale décadente, quoique étant, tel qu´il est, une civilisation jeune. Bon, le Brésil apparemment suit un processus de dévellopement où il impose de plus en plus le modèle de civilsation amércano-européen à son économie et á sa popuoation, mais en améliorant la qualité de vie de la population et c´est ça qui intéresse, donc ça marche. Mais et le Marroc? Que s´y passe-t-il actuellement? J´avais l´impression qu´ils étaient heureux socialement avec leurs meurs traditionnelles, sans avoir, ou très peu, ce qu´on considérait civilsé ici (et qui est devenu le standart de civilsation pour tous depuis la mondialisation), mais ils étaitent civilisés à leur manière : pas de famine, sous un climat méditerranéen clément, à une religiosité douce, où les mosquées servaient, comme une place, fraîche sous la chaleur du soleil de midi. Des temples accueillants, au contraires de nos églises tragiques - catholiques - ou - guindées et froides - protestantes. On dirait que les gens y étaient tous des "musulmans non-pratiquant" D´ailleurs, je n´ai jamais vu une femme vètue de noir des pieds á tête. Le plus qu´on voyait c´était des espéces de tuniques, qvec un capuchon, comme un imper , avec une fermeture-éclair devant qu´elles portait sur leurs habits occidentaux. Quelques-unes, parce qu´ une partie s´habillait à l´occidentale. Les jeunes filles étaient indépendantes, des professionnelles qui travaillaient dehors, tandis que les plus âgées suivaient les traditons millénaires de soumission apparente (cependant je n´avais pas l´impression de soumission, mais de répartition du pouvoir entre les genres dans le foyer traditionnel). Toute la population avait une deuxième identité cuturelle, outre celle de leur ethnie marrocaine: la française, qui semblait bien absorbée, de forme positive, par le pleuple. Ceci peut-être par la proximité géographique avec l´ex-métrople et l´identicafication du climat du Marroc avec celui du Sud de la France. Ce que je voyais à la campagne, c´était les traditions locales, pacifiques et festives, et une économie de subsistance (d´exportation aussi, je suppose) qui produisait de la nourriture bio, beaucoup et excellente pour la santé ainsi que pour le palais: du pain azyme, de légumes et des salades. L´artiisanat, très beaul C´était un délice d´y séjouner. Comment se porte-t-il le Marroc depuis l´avèment de la mondialisation et des mouvement islamistes? La qualité de vie qu´ils avaient aurait-elle changé? Voilà ma question!
de Luiz Fernando Gaffrée Thompson.
Ce qui se passe c´est que les Marocains de la diaspora vivent en majorité en France et que du coup les jeunes s´imprègnent de démocratie et de liberté individuelle et les charters à bas cout profitent aux expatriés qui de nos jours rentrent au bled à chaque vacances ce qui produit un aller retour permanent des idées et une aspiration des Marocains aux mêmes droits et même modèle que leurs frères et cousins qui vivent en France ou Europe moderne.
de Marie-Ange Moriconi-biasini
Marrocos moderno, paraíso perdido?
É uma pergunta que eu me faço, frequentemente. Conheci o Marrocos há quarenta anos atrás; fiquei encantado. Tive a impressão que era um país de Terceiro Mundo, como o Brasil, mas sem as distorções: de classes sociais daqui, de repartição de riqueza e sobretudo de bem-estar social. A impressão era que se tratava de um povo de civilização milenar, por isso adaptada ao território e ao modus vivendi . A tradição árabe parecia-me repleta de preceitos de bem-viver e de boa-educação, muitas vezes diferentes dos dos europeus (e portanto dos nossos), mas nem por isso menos sofisticados, e eram simpáticos e necessários. Sempre tive a impressão que aqui impusemos (e impomos) uma civilização europeia, cujos princípios não se adaptavam a um territorío majoritariamente equatorial ou tropical que levava o Brasil a me parecer uma civilização ocidental decadente, apesar de ser uma nação, do jeito que é, luso-amecricana, jovem. Bom, o Brasil parece que está sabendo impor a sua cultura de fundo europeu às necessidades da população e é isso que interessa. Mas o Marrocos, como estrará atualmente? Eu tinha a impressão que eram felizes socialmente com seus costumes tradicionais, sem o que se considerava civilizado aqui (e que se tornou o padrão de desenvolvimento para todos, a partir da globalização), mas civilizados à sua maneira: sem fome, num clima mediterrâneo clemente, com uma religiosidade doce, em que uma mesquita servia, como uma praça, fresca sob o sol do meio-dia, para descansar. Templos acolhedores, ao contrário de nossas igrejas sisudas e trágicas - católicas - ou empertigadas - protestantes. Parecia-me que o normal era ser "muçulmano não praticante". Aliás nunca vi nenhma mulher vestida de preto, o máximo que usavam era uma espécide de túnica com fecho-éclair na frente, sobre a roupa ocidental, como uma capa de chuva. Isto algumas, pois uma parte da populção feminina vestia-se à europeia. As jovens eram indenpendtes, trabalhavam fora, enquanto que as mais velhas seguiam as tradições milenares de aparente submissão (contudo não me parecia submissão, mas sim repartição do poder entre os gêneros no lar). Toda a população tinha uma segunda identidade cultural, além daquela de sua etnia marroquina: a francesa, que parecia absorvida de forma positiva pela população, talvez pela proximidade geográfica com a ex-metrópole e à semelhança do cllima mediterrâneo existente na maior parte do Marrocos e na metade sul da França. O que eu via no campo eram as tradições locais, sempres pacíficas e festivas, e uma economia de subsistência (acredito que de exportação também) que produzia alimentos orgânicos, fartos e de excente qualidade, para a saúde e para o paladar: pães ázimos, legumes e verduras sem agro-tóxicos. Os traballhos manuais eram maravilhosos, era uma delícia viver lá. Como andará o Marrocos depois que surgiram a globalização e os movimentos islâmicos radicais? Teriam mudado a sua qualidade de vida, de primeira? É o que pergunnto.
de Luiz Fernando Gaffrée Thompson
terça-feira, 12 de abril de 2011
Dulce/Amargo Doux/Amer
Dulce......................................................Doux
una Gillette..............................................une larme
el camino caliente....................................une voie chaufée
se llena la boca.........................................remplit la bouche
no hay vuelta atrás....................................il n´y a pas de retour
mis labios sienten......................................mes lèvres sentent
tu piel nada tiene de tuya:..........................ta peau ne t´appartient pas:
es recipiente..............................................c´est un réceptacle
Hay sol de mañana....................................Le matin est ensoleillé
y sales de mar............................................la mer très salée
hay tormenta.............................................une tempête
y digitales intensas.....................................des empreintes intenses
hay lágrimas sobre pezones.......................des larmes sur des mamelles
de lenguas hambrientas.............................des langues affamées
hay sudores lejanos....................................il y a des sueurs lointaines
y algunas hierbas........................................et quelques herbes
cilantro, cannabis, menta............................coriandre, cannabis, menthe
Sé, tu piel es mi lengua................................Ta peau...est ma langue.
de Julio Pereira
Amargo............................................................Amer
eflúvios de ar marinho.......................................Des effluves d´air marin
gotas de pérolas................................................gouttes de perles
suores de sol.....................................................sueurs de soleil
gosma da tua saliva...........................................crachat de tes entrailles
esta é a minha pele............................................ça, c´est ma peau
Cactus em riste...................................................Des cactus dressés
rasgos.................................................................déchirures
estiletes...............................................................stilets
lixas ou veludo?...................................................verre râpé ou velours?
este é o teu contato..............................................ça, c´est ton contact
ventos alíseos.....................................................Des vents alisés
sol baixo no horizonte..........................................soleil couchant
cheiro de hotelã...................................................odeur de menthe
cabides de pedras secas......................................cintres en pierre sèche
nossas carcassas como despojos cruzam.............Nos carcasses comme
...........................................................................des dépouilles baisent
restos de um naufrágio feliz............................... ce sont les reste d´un
...........................................................................naufrage heureux.
de Luiz Fernando Gaffrée Thompson
Les traductions en français des deux poèmes sont de Luiz Fernando Gaffrée Thompson.
sábado, 9 de abril de 2011
La Corse, mon fétiche majeur
Je ne suis pas psi, donc ce que je vais risquer d´analyser ici n´a pas de fondements scientifiques, encore moins de fil conducteur théorique à suivre. Il s´agit de l´apperçu que j´ai de moi-même sous l´égide d´une autoanalyse ..."psychoanalytique".
Avant que je connaisse la Corse, assis sur les bancs de l`Alliance Française de Tijuca, à Rio de Janeiro, le prof devait nous présenter les provinces françaises, un peu à la gaga et à l´image d´épinal, c´était les années soixante! On a vu Paris et sa francité facile, l´Alsace et sa francité germanique, la Corse et sa francité intalianisante et toutes les provinces françaises. La Corse m´a attiré plus que le reste...c´est devenu une obsession! Comme son fils le plus célèbre, Napoléon Bonaparte, l´est pour pas mal de gens dans le monde entier, qui en sont devenus fous à lier. Il y avait des liens entre les deux obsessions? Pas que je sache, mais je n´en sais rien! Les années sont passées, cette curiosité m´a toujours hanté jusqu´au moment j´ai fait un mastère et un doctorat en littérature française, ayant comme corpus de recherche Marie Susini et Prosper Mérimée, auteurs corse et continental dont les oeuvres que j´ai choisies parlaient de la Corse. Défoulement assuré? Non! Puis après j´ai été dans l´île, j´ai presque finit un doctorat à l´Université de Corte, je me suis fait des amis, que je conserve jusqu´à présent, j´ai été bouleversé par la beauté des paysages et des centres urbains, conquis par ses habitants.
Mais mon atrait initial n´avait rien à avoir - si, beaucoup, quand même: sa francité italianisante - avec cette vraie Corse. C´était une Corse symbole de quelque chose qui m´ avait intéressé auparavant et que je ne pouvais pas discerner.
Alors, la Corse est une île, ce qui est déjà un symbole, de solitude, d´isolement (et pour cause), de paix, de tranquillité...On a tous "son île" idéalisée.
En Corse ont trouve à la toponomie plutôt des noms italianisant, souvent prononcés à la française. On y parle français, quoiqu´on ait du mal à le croire, quand on voit cette enclave française sur la carte, entre la botte italienne, l´ île d´Elbe et la Sardaigne, italiennes. Cela ajoute à son charme, quand on le constate, puisque pour le monde entier la culture française est un symbole de raffinement, tandis que les Italiens ont la cote comme des enfoirés, souvent grossiers. Mais il y a la langue nationale corse (pour nous, Brésiliens, un dialecte italien), italianisante; l´histoire corse, appartenant à l´ensemble italien, elle en a été détachée pour devenir française en 1768, en donnant à la France un de ses plus grans icônes: Napoléon; les meurs tradionnelles corses très apparentées à celles de l´Italie et les meurs actuelles très françaises; la géographie corse, une île en Méditaranée où il y a des montagnes couvertes de neiges en hiver, il faut dire qu´en Corse on trouve des sations balnéaires et des stations de sport d´hiver. Je crois que c´est, surtout cette "schizophrénie" qui m´attire, et qui attire aussi les autres amoureux de la Corse. C´est la possiblité d´être soi-même mais l´autre aussi, d´être ambigu, changeant, être mâle (l´italo) et femelle (le franco), national et étranger, fin et grossier, cultivé et paysan, français et italien, montagnard et pêcheur et être toujours protégé chez soi par la mer maternelle. Sans doute, c´est cette représentation de la schizophrénie - une dualité qu´on n´accepte pas chez soi - qui m´a toujours attirée.
Les psychologues doivent avoir une explication déjá crystalisée pour cette névrose si commune de ranger ses refoulements dans l´identification avec un certain lieu et surtout de renier ses origines et réalité géographiques et culturelles.
de Luiz Fernando Gaffrée Thompson
sexta-feira, 8 de abril de 2011
Démocratie et Droits de l´Homme/Democracia e Direitos Humanos
La Secrétaire d´Etat, une femme
Le Président de la République, un homme de couleur
Acteurs, metteurs en scène, chanteurs, gays
Les minorités veulent
Sauvegarder la démocratie
Les droits de l´homme
Jusqu´au fin fond du monde
Des femmes, des noirs et des homos, tous Américains
Discriminés
Pas nous!
Guerre au dictateur implacable
Aux Seigneurs du pétrole du Levant
Et son élite de l´armée, des femmes
Ses princes régents, gays
Ses présidents-dictateurs, noirs
Des meurs tribales à être maîtrisées
Par les minorités bonnes de l´Occident
Bijou de la mer, joyau de la Couronne
Asie britanique
Meurs et langue occidentales
Riche, riche, riche
Plus organisée que la Suisse
Singapour, dictature soutenue par des bras de fer
Par le dictateur et par le monde bien pensant
Qui tient au cycle de la démocratie
Colombine, Realengo
Washington, Rio de Janeiro
Pax americana, Far-west brésilien
Buyling, moquerie,
Internet,
Principes religieux,
Maladie mentale
Résultat: morts atroces
Ici, là, là-bas, tout loin.
Larmes!
de Luiz Fernando Gaffrée Thompson
Democracia e Direitos Humanos
A Secretária de Estado, mulher
O Presidente da República, mulato
Atores, diretores e cantores, gays
As minorias querem,
Visam a salvaguarda da democracia,
Dos direitos humanos
Nos confins primitivos do Mundo
Mulheres, negros e homossexuais são todos americanos,
Discriminados!
Nós, não!
Guerra aos ditadores implacáveis,
Senhores do petróleo das Arábias
E sua elite de defesa armada, mulheres
Regentes, príncipes gays
Presidentes, ditadores negros
Costumes tribais a serem desmantelados
Pelas minorias boazinhas do Ocidente
Joia do mar, joia da Coroa
Ásia britânica
Costumes, língua ocidentais
Rica, rica, rica!
Mais organizada que a Suíça
Singapura, ditatura mantida com mãos de ferro
Pelo ditador e pelo mundo do bem
Cioso do ciclo da democracia
Colombine, Realengo
Washnigton, Rio de Janeiro
Pax americana, Far-west carioca
Buyling, zoeira,
Internet,
Princípios religiosos
Psicopatia malévola
Doença mental.
Resultado: mortes atrozes, aos montes,
Aqui, aí, lá, acolá, muito mais longe também.
Lágrimas!
de Luiz Fernando Gaffrée Thompson
quinta-feira, 7 de abril de 2011
Nosso Filho Heroi e Desempregado/Democracia e Direitos Humanos
pare uma guerra injusta
contra um pequeno povo
de um país em desenvolvimento
"não têm saída"
ataques correntes e sistemáticos
contra a população civil
a obrigação de proteger manifestantes
os crimes contra a humanidade
o número de vítimas fatais
Não sabemos de onde vêm os tiros
As pessoas estão caindo por todos os lados
O número de vítimas ainda pode aumentar
Um porta-voz da Casa Branca
A secretária de Estado
Uma base militar
....
...
..
.
Uma escola municipal
Um morador vizinho e desempregado
Um cenário de destruição
Leonardo Andrade dos Santos
De Realengo e Desempregado
Ajudou a recolher de oito a nove vítimas
Não pensei se iria sair vivo dali
Parecia cena de guerra
Nestas horas a gente não pensa em nada
Leonardo viu
corpos de crianças
uns sobre os outros
a maior parte
baleada na cabeça
Lembra Leonardo
O heroi anônimo
E Desempregado
de Luciana Gaffrée
Democracia e Direitos Humanos
A Secretária de Estado, mulher
O Presidente da República, mulato
Atores, diretores e cantores, gays
As minorias querem,
Visam a salvaguarda da democracia,
Dos direitos humanos
Nos confins primitivos do Mundo
Mulheres, negros e homossexuais são todos americanos,
Discriminados!
Nós, não!
Guerra aos ditadores implacáveis,
Senhores do petróleo das Arábias
E sua elite de defesa armada, mulheres
Regentes, príncipes gays
Presidentes, ditadores negros
Costumes tribais a serem desmantelados
Pelas minorias boazinhas do Ocidente
Joia do mar, jioia da Coroa
Ásia britânica
Costumes, língua ocidentais
Rica, rica, rica!
Mais organizada que a Suíça
Singapura, ditatura mantida com mãos de ferro
Pelo ditador e pelo mundo do bem
Cioso do ciclo da democracia
Colombine, Realengo
Washnigton, Rio de Janeiro
Pax americana, Far-west carioca
Buliyng, zoeira,
Internet,
Princípios religiosos
Psicopatia malévola
Doença mental.
Reesultado: mortes atrozes, aos montes,
Aqui, aí, lá, acolá, muito mais longe também.
Làgrimas!
de Luiz Fernando Gaffrée Thompson
sexta-feira, 1 de abril de 2011
Colomba, film d`Ange Casta, le Cinema Novo brésilien et la Nouvelle Vague.
J´ai réussi à avoir ce film, Colomba, à la Cinémathèque Corse de Porto-Vecchio. Des gens charmants qui m´ont accueilli et beaucoup aider. J´ai été spécialement touché par la gentillesse, la finesse et l´efficacité de Mme. Renée Genot.
Ce film m´a servi comme source pour ma thèse de doctorat, qui comparait le langage littéraire et le langage cinématographique, en ayant comme comme corpus Colomba de Prosper Mérimée.
Le film de Casta des années 60 rappelle beaucoup les productions brésiliennes de cette époque qui suivaient l´esthétique du Cinema Novo qui rappellait de Nouvelle Vague. Des films touchant par sa dramaticité, en noir et blanc, ayant comme thème les gens du peuple, chez Casta même les acteurs sont des habitants des villages corses. Ces récits sont toujours imbus de poésie, ce sont des poèmes en forme de films. qui jouent sur la sensiblité interprétative et l´irrationnnelle du spectateur: il faut voir pour SENTIR et pas pour comprendre. Vidas Secas, O padre e a moça, Colomba se passent à la campagne, une campagne sèche et profonde, silencieuse, mais qui ne demande qu´un climax pour crier, ou chanter, dans un défoulement de désespoir et de rage. Les personnages sont toujours sobres, très sobres, même dans leur cris aigus Il convient de rappeler Répulsion au sexe qui est un classique de la Nouvelle Vague, qui suit la même esthétique des films dont il a été question. Même si cela se passa à Paris, l´ambiance est la même:pesante, névrotique, tragique.
Les jeunes générations gavées de couleurs, d´action et de technologie, caractéristiques du cinéma à l´américaine et qui a de l´influence sur toute la production de la planète devraient perdre un peu de leur emploi du temps si chargé, pour goûter la poésie en forme de film, sans préjugés et peut-être l´aimer comme je l´aime.
de Luiz Fernando Gaffrée Thompson. Francoise Derré: Je me souviens du Dieu Noir et du diable Blond, suivi d'Antonio das Mortes, qui nous a fait découvrir le Nord Est et les cangaceiros (j'avais lu un bouquin sur eux dans la foulée ...) et l'air du film me trotte encore parfois dans la tête.
Luiz Fernando Gaffrée Thompson: Oui, c´est magnifique, en portugais, c´est O Deus e o Diabo na Terra do Sol. C´est un classique du Cinema Novo, c´est merveilleux, Glauber Rocha y utilise les couleurs d´une manière nuvelle, comme si elles étaient plaquées sur du coloré pâle ou du noir et blanc. Oui, c´est merveilleux, je répète. Merci de me l´avoir rappelé.
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