Aqui encontrarão contos, poesias e reflexões de vários amigos e/ou poetas amorosos, amigos e queridos, de várias partes do mundo, em um trabalho muitas vezes inconcluso. Esperamos que gostem. Luciana Gaffrée; Luiz Fernando Gaffrée Thompson materportugues@gmail.com
A minha vida imita a minha arte
terça-feira, 29 de maio de 2007
Vírus, Linux e 100g de Loreley
Então, tudo isso é pra avisar, que "vida normal" de meu blog será a partir de quinta-feira, até lá preciso pedir emprestado o computador para um senhor muito ocupado, que me olha feio e controla o meu tempo de uso, como está fazendo agora.
Tenho que ir, na quinta-feira nos vemos!
quarta-feira, 23 de maio de 2007
DO LAR
As mamães vão pra cozinha fazer as "empanadas", a pizza caseira já tá pronta. Tem também gelatina, pipoca feita na hora, de panela e guaraná brasileiro. Mas, as mamães tomam mesmo é um delicioso café com biscoito de chocolate e conversam sobre suas vidas.
terça-feira, 22 de maio de 2007
A Dica
http://www.eca.usp.br/tfc/geral20061/index.htm
Nele tem um artigo excelente:
EDUCAÇÃO SOMÁTICA E DANÇAS TRADICIONAIS: A Des-construção de Padrões Corporais através da Experiência Intercultural por Ciane Fernandes
No texto, a autora discute a importância do corpo nas artes cênicas contemporâneas, a relação entre arte e ciência na academia, e o papel da academia na relação entre o fazer e o analisar artístico num contexto (aparentemente contraditório) de especialização e multiplicidade de meios de criação, inclusive as chamadas novas tecnologias. Qual o papel das artes no processo de des-objetificação do corpo, devolvendo-nos o poder de redançar e reescrever nossas memórias em constante transformação? A partir da “escrita performativa” de Austin, da Análise Laban de Movimento, e das linhas de pesquisa do Programa de Pós-Graduação em artes Cênicas da UFBA, a autora propõe uma abordagem transitória, qualitativa e subjetiva da cena.. mais... ................................................... summary and key words
Anel de Moebius: Técnica mista por R. Garcez
domingo, 20 de maio de 2007
O pão, o ditador e o milagre
Esquece-te então de que o homem prefere a paz e até mesmo a morte à liberdade de dicernir o bem e o mal? Não há nada mais sedutor para o homem do que o livre-arbítrio, mas também nada mais doloroso. (...)
Sem dúvida recebendo de nós os pães, verão bem que tomamos os deles, ganhos com o seu próprio trabalho, para distribuí-los, sem nenhum milagre; verão bem que não mudamos as pedras em pão; mas o que lhes causará mais prazer que o próprio pão será recebê-lo de nossas mãos! Porque se lembrarão de que outrora o próprio pão, fruto de seu trabalho, mudava-se em pedra em suas mãos, ao passo que, quando voltaram a nós, as pedras tornaram-se pão. Compreenderão o valor da submissão definitiva. " Fiódor Dostoiévski - Os irmãos Karamázov
sábado, 19 de maio de 2007
Imperdible
Celulosa que me hiciste guapo:
el tango Merco-Global
de Ricardo Viscardi
Presentación por Andrea Díaz, Angel Vera y Raúl Zibechi
Jornadas de Extensión Académica de los estudiantes de filosofía
Facultad de Humanidades y Ciencias de la Educación
Sábado 19 de mayo, 15:30h.
Sala Cassinoni
Magallanes 1577 esq. Uruguay
http://ricardoviscardi.blogspot.com/
sexta-feira, 18 de maio de 2007
Ada
De tão longe posso sentir
Que você já deve estar enjoada
De ficar assim tão quieta, calada
Puxa vida
Onde já se viu Dona Ada parada?
Porque conheço bem você
E sei bem como é
Afinal,
Cada luta sua foi uma vitória
Cada Candido uma inspiração
E nos momentos de paz
O verde de Itaipava pulsava o seu coração
Um coração bem diferente
Deste outro que parou
Um coração de vida
Uma vida que é uma mistura
Porque
Você está no meio de nós
E é nessa mistura
Que seguimos o nosso destinho
De família apaixonada
De Candido
De Ada
(escrito em 2 de setembro de 1999, para Ada Gaffrée)
quarta-feira, 16 de maio de 2007
Eu entrei na roda mas não sei dançar!!!
Um dia especial, o de hoje, pois é delicioso manejar ritmos (como no teatro) dentro de nossas salas de aula. Claro que qualquer ator sabe disso, mas no dia-a-dia vamos aprimorando essa habilidade e criando uma crescente harmonia com o nosso grupo de alunos, no meu caso eles têm 11 anos de idade.
O ritmo é a peça mais importante em qualquer espetáculo teatral. Teatro é atuação em ritmo. Entrar no mesmo ritmo é uma forma de união, proximidade e afinidade . É estar sintonizado com o outro, magicamente, especialmente, essencialmente.
Quem sabe se a comunicação - que possivelmente seja "verbalmente" bem incomunicável, lembrando agora do crucial livro "A Troca Impossível" de Baudrillard - seja apenas entrar no ritmo do outro, dançar no mesmo compasso, buscar sintonias, a freqüência, a batida, é deixar-se mover com o outro, diminuir o tamanho do seu eu, para encaixar-se numa grande orquestra do nós, que somos vários diferentes, ao mesmo tempo. O conteúdo foi trabalhado, mas o mais importante é ver que trocamos olhares felizes, cúmplices, conectados, houve humor, alegria, descontração, seriedade, concentração, toques, risos,
Talvez não devêssemos dizer que temos "turmas" de alunos, mas sim "orquestras" de alunos. Hoje a minha orquestra de 6º série primária tocou maravilhosamente bem!!!
Coincidentemente, dou aulas no Uruguai, onde um sinônimo para professor é "maestro", pois é, o regente de uma orquestra sinfônica.
domingo, 13 de maio de 2007
A dor póstuma, tão alemã, será?
A dor póstuma é quando aparece o espectro da tua ausência num momento passado, é uma morte matada de nossas decisões, aquelas que não tomamos, e essa morte matada surge anos depois, totalmente póstuma, querendo cobrar sua "não-existência", e em seu lugar, senta-se ao nosso lado o vazio, com seu gosto de nunca mais.
Porque não vamos confundir a dor póstuma com o simplório arrependimento, aquele por não ter feito algo que desejava. Até porque nela não há o arrependimento, só a consciência do inevitável. Ela é muito mais dolorosa e cortante. Ela é o fim da possibilidade que você não quis. O arrependimento surge quando numa encruzilhada da vida você vai por um caminho, se arrepende porque queria ir pelo outro, ou até mesmo dá tempo de voltar, mas o encontro póstumo com a dor é quando você na encruzilhada tomou um caminho, viveu esse caminho, e quase no final, de repente do nada surge o "caminho paralelo", que conversa com você, te coloca em cheque, te humilha até, e aí como uma revelação (como o espectro em Hamlet) ele vem exigir que você sinta que todos os lugares que você não ocupou nunca deixarão de existir, e como uma tortura, estarão sempre visíveis para você, iludida, pensar que ainda os têm, mas quando chega perto quase tocando nesses objetos de desejo que você deixou passar, eles desaparecem. E é aí, nesse exato momento de ilusão ótica que a dor póstuma se instala para nunca mais sair.
segunda-feira, 7 de maio de 2007
Porte-bouteilles
“Esta prateleira para garrafas, retirada de seu contexto utilitario e atirada à praia, foi investida com a solitaria dignidade do abandono. Inútil, disponível, pronta para o que der e vier, está viva. Vive na beira da existência de sua própria e perturbadora vida absurda. O objeto perturbador – é este o primeiro passo para a arte”. Comentário de Jean Bazaine para a Porte-bouteilles de Duchamp.
sábado, 5 de maio de 2007
APARTE de Mário Handler
De la cámara, llevada al hombro de Handler, se destacaba una lente gran angular (casi – por momentos - ojo de pez), revelando la “profundidad de campo” de estos excluidos, exhortando de espectador una visión con mayor amplitud que la propia visión humana. Por medio de la cámara, el espectador es uno entre ellos, junto a ellos, no aparte de ellos. Este “ojo” revela la grandiosidad y muestra lo cercano sin perder la amplitud. La “perspectiva” de este “ojo” revela su “Weltanschauung”, (visión de mundo) desde el punto de vista del excluido de nuestras vistas. Y las distorsiones son producto de un acercarse demás a la realidad.
El Fuera de Cuadro de Amores Perros
El cuadro juega en Amores Perros el papel principal, pues muestra que el límite de lo que uno ve y no ve es la amputación de la visión “distanciada” (racional, objetiva) del mundo. La cámara no se detiene a darnos tiempo, su foco es ansioso, acelerado, descontrolado como un auto, un perro, un accidente. Nos niega profundidad y perspectiva, generando una fuerza contraria, un deseo del espectador de que se abra un poco más “el limite de la imagen”, para que se pueda “ver mas allá” y así darnos la esperanza de que la vida no es un enredar de accidentes debido a nuestra incapacidad de ver mas allá del adentro del cuadro.
sexta-feira, 4 de maio de 2007
A Modernidade em Brecht e o Efeito de Distanciamento
O teatro Brechtiano repousa numa série causal, sai do “espaço em quadro” stanislaviskiano, cujo espetáculo era visto como um todo fechado em si mesmo, para abrir-se à História Moderna.
Brecht coloca o valor dos personagens no “trabalho” que desempenham. Daí, a importância do “gestus social”. O personagem é construído a partir do lugar de “Homo oeconomicus” em que ocupa na sociedade. Enfim, no teatro brechtiano aparece a idéia de historicidade, de causalidade em série e de encadeamento temporal, bem como trabalha em base a uma pirâmide hierárquica marxista, pois as funções dos personagens são a hierarquia interna da obra. Enfim, o teatro Brechtiano baseia-se na noção sintética e não taxiômica de vida.
A palavra em Brecht também deixa de ser um “ser constitutivo” e passa a mostrar, dentro da sintaxe narrativa do espetáculo, que não é cristalina, e que nunca será uma perfeita representação da realidade. Pois há uma espessura entre a realidade e a sua representação.
É nessa espessura, nessa leve ponte entre a realidade e a representação da mesma, que será introduzido o Efeito-D. Com a introdução do Efeito-D o teatro de Brecht passa a ser “linguagem em ação”, pois ele é a ponte que permite que o olhar da platéia se desloque do palco, para o lado do sujeito em atividade. Ou seja, é o Efeito-D que faz com que a representação teatral seja algo mais que uma “representação das coisas percebidas”. O Efeito-D está para a relação entre palco e platéia, como a linguagem está – na visão humboldtiana – para a relação entre o sujeito e o mundo. Para Humbolt é a linguagem quem vai dar ao homem a idéia de liberdade para transformar sua história e querer um destindo diferente, mas é o Efeito-D no teatro o que vai permitir que este tenha a função de desalienar o ser humano em busca da sua liberdade e destino diferente.
É pois, então, o Efeito-D o que vai propiciar que a subjetividade da platéia intervenha no desfecho do espetáculo, e que o teatro participe na elaboração da realidade. Sendo assim, ao introduzir o Efeito-D o vínculo entre homem e natureza, visando a transformação social, também pôde ser dado através do teatro.
Outro ponto importante é a relação do Efeito-D com o plano da consciência. Sem essa relação, já explicada anteriormente, seria impensável um teatro didático, como foi o teatro brechtiano. Já que aprender requer pensamento racional, crítico, ordenado e consciente. Como foi dito anteriormente: o Efeito-D permite haver a função político-didática do teatro Brechtiano.
O olhar intrigado tão vital para o teatro brechtiano surge no momento em que o teatro passa a colocar no palco um “mediador” que joga na platéia o olhar de volta pra ela mesma. A platéia olha o espetáculo, mas este joga de volta pra a platéia o reflexo desse olhar. A platéia novamente processa esse reflexo e o devolve ao palco, que novamente por meio do “mediador” devolve o olhar refletido, e como na visão do trabalho em Ricardo tanto como em Marx, o teatro brechtiano também cria uma escala de produção crescente de valor. O valor está no olhar crítico da platéia, que vai se transformando a cada vez que se produz, nesse jogo causal, em novo valor, numa ordem acumulativa.
Esse mediador é o Efeito-D, mediador do encontro entre a platéia e a sua “verdade objetiva”, esta verdade já não está dada do outro lado da quarta parede, separada da platéia. O Efeito-D derruba a quarta parede, e com ela derruba a hipnose, trazendo para a cena teatral o pensamento crítico da platéia, doravante interventora.
Sem a quarta parede, a verdade cênica também se desloca do espetáculo para o pensamento da platéia. Quanto mais realista e crítico e científico e histórico for o pensamento da platéia, maior a verdade cênica alcançada. Sendo assim, o Efeito-D seria a espinha dorsal do teatro da sociedade moderna.
Mas, por que usar o Efeito-D hoje em dia, já que atualmente fatores como casualidade, contingência, e irracionalidade ganham relevância na arte, influenciada por posturas pós-estruturalistas e pos-modernas?
Em Dogville o Efeito-D foi usado com a intenção de mostrar o tempo todo que aquilo “não é real”, o fingimento, a mentira e a história ou realidade como uma “narrativa”.
quinta-feira, 3 de maio de 2007
DE LAS FALTAS, LA CIENCIA Y LA TECNOLOGÍA
El pasado 9 de enero a través de la aprobación de la Ley Nº 18.084 se creó la Agencia Nacional de Investigación e Innovación (ANII) que pone de relieve varias cuestiones relacionadas con el futuro del saber universitario, de la investigación básica, del país como generador de un pensamiento propio, e incluso puede ser interpretado por algunos como un proyecto controlador e inhibidor de la autonomía de los actores involucrados, entre ellos de la Universidad de la República – que desarrolla el 80% de la investigación que se realiza en el país-.
LO QUE QUISISTE SER. La UdelaR presentó varias propuestas alternativas a dicha Ley, alguna de las cuales fueron contempladas. Entre los aspectos críticos está analizar los cambios propuestos que no fueron contemplados en la redacción última de la Ley.
Uno de los puntos claves se encuentra en el Artículo III, donde la UdelaR sugiere que “el Poder Ejecutivo fije las prioridades y la aprobación de programas y proyectos especiales con consulta preceptiva al CONICYT[1]”. Pero finalmente la Asamblea General del Poder Legislativo facultó por decreto en el Art. II que el “Poder Ejecutivo a través del Gabinete Ministerial de la innovación le compete los lineamientos políticos y técnicos en materia de Ciencia, Tecnología e Innovación”, sin mencionar en ningún momento al CONICYT y a la UdelaR.
Según la Ley, el CONICYT estaría concebido como un simple órgano asesor, a pesar de las observaciones tanto del SUPCYT (Sociedad Uruguaya para el Progreso de la ciencia y la Tecnología) como de la Universidad de la República, en sus informes enviados al Senado, informes que avisan reiterativamente sobre la vital importancia del CONICYT para la construcción de una agencia fruto de un proyecto colectivo, o sea, como dijo el prof. Dr. Rafael Canetti (representante de la UdelaR en el CONICYT), era de esperar que un gobierno de izquierda concediese parcelas de poder en dirección de la sociedad civil, con una perspectiva de Estado que también refleje los deseos de toda la sociedad. La cuestión de la autonomía, de hecho no concierne sólo a UdelaR, sino al conjunto de los actores involucrados en este tema, que se entiende medular para el país.
Desde esa perspectiva relativamente defensiva, UdelaR alertó sobre la necesidad de “reafirmar el rol del CONICYT como ámbito por excelencia para canalizar los puntos de vista de los diversos actores involucrados en el desarrollo científico y tecnológico y de la innovación en el país. Aún cuando las decisiones finales son resorte del Poder Ejecutivo, considera importante enfatizar que el CONICYT no debe ser un órgano anodino al que se consulta por mera formalidad, sino que debe jugar un rol activo, particularmente en la definición del Plan Estratégico. Para ello, el CONICYT debe tener una adecuada representatividad de los actores del sistema y estar dotado tanto de recursos financieros como humanos para cumplir dicha función de manera activa y creativa”[2].
Consultado sobre el ámbito idóneo para la toma de decisiones, ante la alternativa planteada entre el Poder Ejecutivo y el CONICYT, el Senador Rubio dijo: “Tal como establece la ley aprobada, el Poder Ejecutivo tiene la responsabilidad de ‘la fijación de los lineamientos políticos y estratégicos en materia de CTI’. Esta es una obligación irrenunciable en un tema de carácter estratégico para el futuro del país, cuya resolución no puede quedar a cargo solamente de un organismo autónomo. El conjunto de los diversos actores que integran el CONICYT debe expresar sus opiniones y aportes en él, y monitorear la ejecución del Plan Estratégico en la materia.”
Pareciera formalmente razonable el propósito del Senador, sin embargo no se percibe con precisión que la ley garantice dicha participación del CONICYT, a no ser en calidad de “asesor” no vinculante, dicho de otra manera, el Directorio de la Agencia tiene la obligación de escucharlo, pero como alertaba UdelaR, esas opiniones apenas deben ser recabadas. UdelaR propuso en el debate previo, que se incluyera la siguiente oración: “Para hacer efectivas las resoluciones referidas” habría que considerar el parecer del CONICYT. Sin embargo esta frase no entró en la ley, quedando apenas consignado que “En las resoluciones referidas” debe estar obligatoriamente el parecer del CONICYT, pero como un elemento recabado. Un detalle menor...
Por otra parte el Senado propuso en el Art. 6º del CAP III que el Directorio de la Agencia estaría integrado por 5 miembros propuestos únicamente por el Gabinete Ministerial de la Innovación, por su parte la UdelaR sugirió oportunamente que 2 de estos 5 sean nombrados por el CONICYT. Finalmente la Asamblea General dispuso pasar de 5 a 7 miembros integrando a estos 2 del CONICYT, órgano excluido del Proyecto original.
Si bien este es un importante logro para los actores del CONICYT, en especial de UdelaR, no impide la perdida del peso político real frente al Poder Ejecutivo, ya que en el Literal F del Art. 7º aparecen finalmente las atribuciones del CONICYT como anexo: dentro del Directorio el Consejo será tan solo un consultante. Esto significa la exclusión de la UdelaR en las decisiones sobre el destino de los fondos de la Agencia para la investigación. Es necesario resaltar que desde la propia UdelaR se lleva a cabo el 80% de la investigación en ciencia y tecnología del país
Consultamos al Senador Rubio sobre el financiamiento de los proyectos y la posibilidad de que diversos actores del conocimiento sean seducidos por “el proyecto que sugiere el financiador”, sobre todo si este cuenta con un gran respaldo parlamentario. Interrogado acerca del dispositivo de la Agencia como eventual vía indirecta para limitar la autonomía universitaria, bajo el pretexto de política de Estado, respondió: “Los actores del conocimiento deberán elevar propuestas en el marco del Plan estratégico que se apruebe, más allá de “lo que el gobierno quiera” en cada caso. Si el país define una política de Estado con metas y objetivos, la Universidad estatal no puede quedar al margen de ella, enfrentándola atrincherada en su autonomía.”
Esta respuesta permite divisar una figura atrincherada de UdelaR, quizás percibida desde el poder político como un reducto que forzosamente levantará, más allá del signo ideológico de los gobiernos de turno, el lema “no pasarán”. En tal cotejo instalado desde la propia dinámica institucional, incluso del Estado, “autonomía” puede ser entendida como sinónimo de encerrarse en sí mismo. Llegaría a entenderse por el reverso el antiguo concepto universitario de “autonomía”, en un sentido cognitivo, esto es, la libertad garantizada para ir y venir, a pesar de los vientos partidarios o de gobierno.
PARA NO DORMIR LA SIESTA. Si bien se procesó un profundo debate interno, este quedó paraninfo adentro a fines de diciembre. La nueva Ley, encontró a la UdelaR entre la siesta veraniega y en el vaivén de la hamaca del cambio.
Paralelamente el nuevo gobierno a pesar de sus diferencias internas, lauda lo propuesto escuetamente en el programa del FA votado en el IV Congreso Extraordinario “Hector Rodríguez” cuando habla de: “Una nueva arquitectura institucional” en lo que respecta a Ciencia, Tecnología e Innovación, redimensionando el rol del CONICYT como tal.
Teniendo como prueba la carta elaborada por el senador Rubio el 4 de noviembre de 2006 como respuesta a las propuestas del SUPCYT, él mismo encabezó un embate contra el CONICYT queriendo eliminar totalmente la posibilidad de ser más que un mero órgano asesor al afirmar lo siguiente: “no comparto que la política pública en CTeI (Ciencia Tecnología e Investigación) en el país deba ser conducida por el CONICYT -no otra cosa se postula al sostener que sus pronunciamientos deben ser vinculantes-. Estoy de acuerdo en que es necesario jerarquizarlo. Pero la ciudadanía no puede delegar la definición de las políticas públicas en órganos de representación social, sectorial o corporativa.”
Continúa afirmando (art. 26º) que el reglamento elaborado por el CONICYT para su funcionamiento deberá ser aprobado por el Gabinete Ministerial de la Innovación (GMI), mientras que la UdelaR propone que sea el propio CONICYT quien elabore y determine su régimen de funcionamiento sin control del GMI.
Entrevistado por este medio a cerca de si dichas políticas puedan quedar a merced de los vaivenes político-partidarios del Poder Ejecutivo de turno, el senador afirma que: “la presencia de actores no políticos en el CONICYT busca justamente que la sociedad en su conjunto tenga injerencia y limite la discrecionalidad del gobierno”.
Cabe preguntarse entonces si el Senador se refiere al mismo CONICYT que fue reducido al rol de consultante, al mismo que en el proyecto de ley original se vio privado de representación en el GMI y que todavía no cuenta con financiamiento, incluso aquél designado en su totalidad por dicho Gabinete.
La gravedad de esta disputa de poder entre el CONICYT y el Poder Ejecutivo no es menor, en cuanto se vislumbra un cambio profundo en la autonomía de la misma universidad. En primer lugar, porque la Ley lleva a que sea el Poder Ejecutivo quien decida como aplicar los fondos, y con esto, lleva a que la propia universidad camine no más por sus inclinaciones propias y autónomas, sino por instrucciones de un órgano ajeno a ella misma. En segundo lugar, porque al ser el Poder Ejecutivo quien decide adonde destinar los fondos, fomentará a que los actores eleven propuestas que se inclinen a lo que el gobierno quiere, pudiéndose interpretar esta como una vía indirecta de poner fin a la autonomía de la investigación universitaria del país.
Pese a eso, hay que preguntarse qué ha llevado a la UdelaR a afirmar que “La Universidad de la República comprende la necesidad de avanzar en la creación de la agencia mencionada, en el entendido de que resulta conveniente contar con una organización idónea para administrar recursos provenientes de diversas fuentes y que atenderán variados programas, aún antes de culminarse la elaboración del mencionado Plan Estratégico”. En las palabras del prof. Dr. Rafael Canetti, uno de los problemas que llevaron a que la agencia fuera aprobada es evitar un “hueco” entre las investigaciones que se concluyen y las futuras, que no existen aún. Igualmente, esta agencia es, como dijo el SUPCYT, una tienda sin los productos, o algo así como un cheque en blanco. Pues, lo que se sabe es que los investigadores tendrán que enviar propuestas dentro del marco del Plan Estratégico. Pero, ¿qué plan es éste? Nadie sabe, por ahora. Hay que confiar en que la izquierda es “buena gente”.
UdelaR sigue: “La Agencia será igualmente un ámbito idóneo para coordinar los esfuerzos de otras agencias de promoción de la temática en cuestión.” ¿Con qué fundamento entiende UdelaR que este órgano será idóneo, si la propia UdelaR ve con mucho recelo el enorme poder y control con que la Ley inviste al Poder Ejecutivo frente a una relevante disminución del rol de la misma UdelaR? ¿Como puede ser idónea una agencia en la que casi todos sus integrantes son designados por el GMI?
Además: ¿Cómo va a interactuar la UdelaR con las “políticas de Estado” sin crear un conocimiento fruto de negociaciones interpartidarias, al margen de tendencias propiamente académicas y por lo tanto, lesivas para la autonomía en el sentido universitario del término?
Sobre el punto de la autonomía, a pesar de la alarma que cundió entre los universitarios, se entiende que esta ley refleja delicadamente una visión sobre la universidad que avanza progresivamente entre gobernantes y ciudadanos que, para decirlo en las palabras del Senador Rubio significa: “Lo que no me parece sostenible es que se invierta capital social en un saber solo “académico”, en el sentido de carente de aplicación”. ¿Qué será un saber solo “académico”? ¿Las matemáticas duras son un saber solo académico? ¿El latín también? ¿Hay realmente un saber carente de aplicación?
¿Se podría decir que se ha tomado cierto camino hacia un control gubernamental disfrazado de progresismo productivo?
DE LAS FALTAS. El proyecto de ley aprobado aparece publicado textualmente con el siguiente nombre: “AGENCIA NACIONAL DE INVESTIGACIÓN E INMOVACIÓN” ( Publicada D.O. 9 ene/007 - Nº 27156). Esta “falta” es solamente ortográfica o es un lapsos denunciando la “falta” implícita hacia los ciudadanos? Error ortográfico o estratégico? La respuesta queda en manos de los actores.
Croveto, Sabrina
[1] Comisión Nacional de Investigación Científica y Tecnológica (CONICYT)
[2] La Universidad de la República ante el Proyecto de Ley de creación de la Agencia Nacional de Investigación e Innovación (http://www.fcs.edu.uy/inst/consejo/Asuntos%20a%20consideracion%20del%20Consejo/ANII%20OPINION%20Comisi%F3n%20UdelaR.doc)
Imágenes en Gramatica Narrativa de Greimas
Gramática Narrativa de Greimas
Estudios Semióticos
El Quijote: cada día juega mejor
Visto por la Gramática Narrativa de Greimas
Luciana Gaffrée
AGRADECIMIENTOS
Al Director de la Revista SEMUR, Michel Boulet, por sus aportes teóricos.
Al Director del espectáculo Jorge Esmoris, por su colaboración.
INTRODUCCIÓN
El objetivo de este trabajo es analizar una pieza (obra) del dramaturgo, director y actor Jorge Esmoris, una adaptación del libro de Cervantes, llamada “El Quijote: cada día juega mejor”, partiendo de los conceptos básicos de la semiótica de Greimas.
La elección de esta pieza se debe por un lado a su pertinencia crítica, como lo vamos a ver en el desarrollo del trabajo, debido a su manejo de universos propios del relato popular y del imaginario colectivo de los uruguayos. Por otro lado, por su estética brechtiana, cuya base está en llevar al público a la reflexión por medio de efectos de distanciamiento. Uno de los recursos del Efecto-D es el uso de “símbolos” manejados por una sociedad, como es el caso de la camiseta celeste de la selección uruguaya de fútbol, las pancartas con leyendas y la presencia de un narrador.
Además, la elección de Greimas para analizar la obra de Esmoris se origina en una inquietud ante la dificultad que encontré en los semiólogos para dar respuesta a la pregunta “¿qué es la semiótica?”.Esta pregunta tropieza con obstáculos, a tal punto que lleva a Michel Boulet[1] a afirmar: “Veremos que la Semiótica (según la corriente de Greimas) tiene a la vez un objetivo más humilde (trabaja sobre las formas y no sobre las sustancias) y más ambicioso (por utilizar una metodología que podría revolucionar las ciencias sociales). Semiotizar, estudiar semióticamente los textos, es hacer un trabajo de hormiga, en un laboratorio, lejos de los ruidos de la multitud[2]”. Esta estrategia se propone una alternativa ante la figura del semiótico como “el mago que debe adivinar el sentido de las palabras, de los discursos y de los textos[3]”.
Por fin, la elección de Greimas también se debe a una observación en cuanto al “sentido”, que en el discurso se da por medio de un “arreglo sintagmático”, con su fuerza y leyes propias, inherentes al lenguaje. Dominar la sintaxis[4] es dominar un instrumento que por su fuerza “desencadeia e imprime na superficie do enunciado as marcas de sua textualidade[5]”.
Como no se puede separar el conocimiento morfosemántico del conocimiento sintáctico, es a partir de la morfosintaxis que se puede, sin embargo, conducir el análisis con el criterio más práctico posible, con base en la vinculación entre reglas semánticas y leyes sintácticas. Esos dos planos, articulados por igual con el mundo extralingüístico, se constituyen en tanto que base para establecer una diversidad de significados[6].
Haber analizado la pieza del dramaturgo Jorge Esmoris por medio de la semiótica de Greimas ha permitido develar, por medio de las formas y no sobre las sustancias, la estructura narrativa del espectáculo, de manera clara y sorprendente, paso a paso. Los significados fueran surgiendo a cada combinatoria, a cada juego, a cada etapa. Esta revelación fue atrapante, al mostrar el poder de la sintaxis en la construcción de la significación en la narrativa.
El CUADRO SEMIÓTICO
desarrollado por Greimas:
CONTRARIEDAD
s1 s2
IMPLICACIÓN CONTRADICCIÓN IMPLICACIÓN
no s1 no s1
SUB-CONTRARIEDAD
“Al mismo tiempo que este modelo presenta cuatro posiciones estáticas en relación de contrariedad, contradicción o implicación (semántica), permite su dinamización, con el paso transformador de una posición a otra (sintaxis).”[7]
El cuadro semiótico considera las relaciones sintácticas que se establecen entre los semas. Los semas son las unidades mínimas de significación, como lo son los fonemas. Estos son un excelente ejemplo de semas, porque solo existen por su oposición en el eje semántico. O sea, en portugués –por ejemplo- hay el fonema “o abierto”, porque este fonema se opone al fonema “o cerrado”, vemos esto en “vovô” (abuelo) y “vovó” (abuela). Por el contrario, en la lengua española no hay el fonema “o abierto” porque no es posible ponerlo en oposición a ningún otro fonema, que le dé significación. O sea, “los semas no tienen existencia propia, y solo aparecerán como tales por oposición a otros semas[8]”.
ESTRATOS Y DURACIONES[9]
Corpus diacrónico | |||||||
ESTRUCTURAS | | ||||||
estilísticas | cortas | cortas | cortas | cortas | |||
históricas | medias | medias | |||||
fundamentales | largas |
A partir del esquema del Corpus diacrónico[10], se puede analizar las relaciones de discontinuidad en los elementos de significación, que serán sometidos a la periodización, o sea, lo que para Greimas es el desglose del discurso en secuencias.
De esta forma, como lo afirma Greimas, se hará una división del texto en secuencias superpuestas que comprendan cada vez, a las “dos zonas de enmarañamiento en que las estructuras sobrevivientes coexistan con las estructuras de reemplazo nuevamente elaboradas”[11].
REDUCCIÓN Y ESTRUCTURACIÓN
La reducción se ejecuta por la comparación y la puesta en evidencia de las identidades sémicas, con la posibilidad de separar también los elementos no idénticos. Son relaciones de conjunción, que neutralizan las de disyunción.
Reducciones simples:
Se deben reducir los elementos idénticos, considerándolos como una sola unidad de contenido. Esa reducción tiene como principio encontrar el denominador común a toda clase de mensajes o sememas que sean avalados como equivalentes[12].
También se deben reducir las equivalencias sintácticas (Ej. A vende B; B es vendido por A; vende-se B, etc.), que son de hecho equivalencias de contenido[13].
También las equivalencias semémicas deben ser reducidas cuando los núcleos sémicos constitutivos de los lexemas sean considerados idénticos pero estén recubiertos por formantes distintos. Un ejemplo es el elemento sémico “afectividad”(Ej. Te quiero; te amo, te adoro, etc.)[14]
Reducciones complejas:
En las palabras de Greimas: las reducciones complejas son los procedimientos que ponen en juego principalmente las relaciones hipotácticas (el modo de existencia sitagmático) o hipertácticas (el modo de existencia paradigmático)[15]. La reducción no se detiene, pues, en el establecimiento de las clases de equivalencia, sino que trata de reunir en una sola clase todos los elementos del contenido cuyas relaciones con la isotopía del texto pueden ser definidas en términos de relaciones estructurales elementales[16].
ISOTOPIA
Para Greimas, en el texto se puede encontrar dos tipos de isotopía: la semiológica y la semántica.
La isotopía semiótica es la homogeneidad de un texto dada en el marco de los semas nucleares. Son determinados semas[17] nucleares[18] que vienen de una base común de referencias, y que están diseminados a lo largo de todo el texto.
La isotopía semántica es dada en la presencia de uno o más clasemas[19] a lo largo del texto, también con una base común de referencias.
SINTAXIS NARRATIVA
Greimas construye todo su trabajo en una época en la cual los espectáculos tenían una fidelidad a la palabra, y que los papeles eran distribuidos en una relación de respeto al guión. De ahí que para Greimas, por más que el contenido de las acciones cambiara, el enunciado-espectáculo permanecería siempre el mismo, “pues su permanencia está garantizada por la distribución única de los papeles[20]”.
Es, a partir de los estudios de V. Propp y de E. Souriau, que Greimas define un número reducido de papeles. Estos papeles, que veremos en lo que sigue, se derivan en los actantes tanto del cuento popular como del teatro.
El pasaje de papeles a actantes se da cuando se instituye que los “actores” encarnan la descripción de sus funciones, o sea, los roles. Y que los “actantes” son las clases de actores, catalogados por género. Con esto se permite construir un inventario de 7 actantes en Propp y de 6 actantes en Souriau.
En Propp (género “cuento popular”), los actantes son:
1º - the villain
2º - the donor (provider)
3º - the helper
4º - the sought-for person (and her father)
5º - the dispatcher
6º - the hero
7º - the falso hero
O sea, lo que Propp hace es cerrar los cuentos populares en un relato de 7 actantes.
En Souriau (género “espectáculo dramático”) son:
León la fuerza temática orientada
Sol el representante del Bien deseado, del Valor orientante
Tierra el Obtenedor virtual de ese Bien (aquél para el cual trabaja el León)
Marte el Oponente
Balanza el Árbitro, atribuidor del Bien
Luna El Auxilio, reduplicación de un de las fuerzas precedentes
Souriau cierra en 6 los actantes en el teatro.
Luego, Greimas va a afirmar que “un número restringido de términos actanciales basta para dar cuenta de la organización de un microuniverso[21]”.
A partir de estos dos microuniversos, Greimas define sujeto, objeto, destinador, destinatario, adyuvante y oponente, de la siguiente manera:
La categoría actancial sujeto vs objeto:
En esta categoría, Greimas afirma que hay una relación de transitividad entre el sujeto y el objeto, en el campo semántico del “deseo”. El “sujeto” desea al “objeto”. El verbo desear es un verbo transitivo que pide un complemento directo. Quien desea (VTD), desea algo. Este algo puede ser deseado por el que desea. El sujeto desea el objeto. El objeto es deseado por el sujeto.
(relación articulada según el deseo)
Sintaxis | Sujeto | vs Objeto |
Propp | Hero | vs Sought-for person |
Souriau | La fuerza temática orientada | vs el Representante del Bien deseado, del Valor orientado |
La categoría actancial destinador vs destinatario:
Para esta categoría Greimas prefiere la definición de Souriau, quien a su entender hace una descripción que “no plantea dificultades”:
Destinador vc Destinatario
el Árbitro, dispensador del Bien vs el Obtenedor virtual de ese Bien[22]
O sea, aparece entonces la figura del “mandador”, quien comunica al héroe determinada misión. Esa comunicación es entendida como una relación de emisión y recepción del mensaje. Claro que el héroe puede encargarse a sí mismo una misión. En este caso sujeto y destinador estarían enredados en un solo actor.
Siendo así, ambas categorías para Gremias estarían centradas en el Objeto, quien a la vez es el objeto de deseo del sujeto, y el objeto que impulsa la comunicación, articulada esta entre destinador y sujeto (al darle la misión) y entre sujeto y destinatario (obtenedor virtual del bien). El destinador tiene como objetivo final llegar al destinatario, mas su mensaje es enviado al sujeto, con quien estipulará el contrato para obtener el objeto del deseo. De hecho, el destinador es quien destina la misión al sujeto para darle al destinatario el objeto que le falta.
La categoría actancial adyuvante vs oponente:
Los adyuvantes están en una esfera de actividad opuesta a la de los oponentes. Los primeros aportan ayuda, operando en el sentido del deseo o facilitando la comunicación. Son las fuerzas bienhechoras del mundo. Los oponentes, por otro lado, obstaculizan la realización del deseo, oponiéndose al logro de este deseo o impidiendo-dificultando la comunicación, son las fuerzas malhechoras del mundo[23].
En términos lingüísticos, tendríamos entonces, el sujeto, el objeto (complemento directo, en relación de transitividad con el “deseo”), y los participantes “circunstanciales” en carácter sintáctico de adverbios: bien vs. mal
Sintácticamente se podría construir el siguiente árbol, partiendo de la hipótesis que el sujeto es diferente del destinador y del destinatario:
desear[24]
transitividad
Sujeto Objeto
Destinador Destinatario
El que comunica al héroe Obtenedor virtual de este
la misión bien
Usando el ejemplo dado por Greimas, “la ideología marxista”, al nivel del militante[27], se tendría el siguiente árbol[28]:
desear
el militante Sociedad sin clases
Clase obrera Clase burguesa
La Historia La Humanidad
LOS ELEMENTOS DIACRÓNICOS DEL RELATO
LA SECUENCIA DIACRÓNICA: (A + F + C)
El Núcleo Del Relato
(A) El contrato
El inicio de un relato tiene como gatillo un mandamiento. Este mandamiento viene por medio del “destinador”, cuando le confiere al sujeto una misión. Su connotación mítica suplementaria es “el sentido de la afirmación de la libertad del héroe”[29].
Así siendo:
El destinador le imparte un mandamiento, si es aceptado por el sujeto, se establece el CONTRATO.
mandamiento = estipulación del contrato
aceptación
En caso de que el destinador le imparta no una misión, sino una prohibición, entonces el sujeto pondría en acción la infracción de esta prohibición. Esta sería la forma negativa del mandamiento.
prohibición = ruptura del contrato
infracción
(F) La Lucha:
El relato tiene un factor importante, que es su carácter diacrónico. Este surge en forma de una pareja funcional (F), designada como “lucha”:
F = afrontamiento vs logro[30]
Greimas define a esta pareja como “doblemente insólita”, pues no presenta oposición sémica (existe pero es única, no tiene un par, como se necesitaría en todos los casos de existencia sémica) y asimétrica (no existe su forma negativa).
(c) Las consecuencias
En esta etapa surgen las consecuencias de la prueba, con sus posibles interpretaciones[31] o moralejas.
Para que finalice la prueba y se llegue a las consecuencias de la misma, el relato tendría que pasar por tres partes. La primera es cuando el adyuvante vence al oponente, en el sentido de juego de fuerzas. Siendo así, el vector adyuvante puede llegar al héroe para que éste entonces pueda acceder a aquello que le faltaba, su objeto del deseo. De la liquidación de la falta se pasaría al reconocimiento – que surge por medio de la comunicación – de las consecuencias. Por medio de la comunicación, es entonces que se anulan los efectos de la alineación vivida por el destinatario.
En resumen:
La comunicación está en la categoría del contrato (A), donde se tiene que comunicar una misión, que va a llevar a la desalineación del destinatario. Misión emitida por el destinador (emisión vs. recepción). La prueba está en la categoría de la lucha (F), correspondiendo a la oposición de fuerzas entre el oponente y el adyuvante, siendo que el vector adyuvante tendría que terminar por ser el más fuerte. En esta categoría también surgen la “búsqueda” (la investigación, la información, la sumisión) y la “intriga” (la decepción, la traición y la falta). Cuando las fuerzas adyuvantes del héroe vencen, este pasa a la etapa de la consecuencia (c), en esta etapa el héroe adquiere el objeto de su deseo, o sea es el fin de la “búsqueda” y de la “intriga” por la liquidación de la falta. Al adquirir el objeto de deseo, el héroe es reconocido como tal, por medio de lo que Greimas va a llamar “Petición[32]”.
LA SINTAXIS NARRATIVA EN EL ESPECTÁCULO
EL QUIJOTE: cada día juega mejor
De Jorge Esmoris
Personajes:
Relator
Profe
Movilero
Aviso Horacio
Cervantes
Montesinos
Roman Rogerio Ro
(A) El contrato
El inicio del espectáculo, el Relator tiene como misión llevar a los uruguayos el gran clásico, el Deportivo Quijote, que enfrenta a la Selección del Resto del Mundo[33]. En este clásico, los uruguayos podrán ver un partido que entrará para la historia y que tiene como protagonista de lujo: el ingenioso hidalgo Don Quijote de la Mancha.
Así siendo:
Como es una emisión radial, el destinador es la Emisora de Radio. El destinatario son los uruguayos que escuchan esta transmisión.
El mandamiento = transmitir el partido histórico = el contrato está estipulado
Aceptado por el Relator
El relator es quien tiene la misión de transmitir el partido, ocupando entonces el lugar del Sujeto.
Por otro lado, el objeto de deseo del Relator no solo es transmitir el partido, va más allá. Está principalmente en transmitir las jugadas del “protagonista de lujo”, el hidalgo Don Quijote de la Mancha. Quijote es entonces el Representante del Bien deseado, del Valor orientado. Este bien deseado es “la victoria del mundo noble[34]”
Sintaxis | Sujeto | Objeto |
Greimas | Relator | La victoria del mundo noble de Quijote sobre el mundo ruin |
Sintaxis | Destinador | Destinatario |
Greimas | La Radio Emisora | Los uruguayos e uruguayas |
(F) La Lucha:
La lucha se va a dar en el Estadio de La Mancha, entre los jugadores de cada Equipo, que son:
Oponentes | vs Adyuvantes |
La Selección del Resto del Mundo | El Deportivo Quijote |
Las alineaciones: Al arco Molino de Viento Una línea de cuatro conformado por dos frailes de la orden de San Benito Una caravana de mercaderes toledanos Varios Galeotes Un grupo de cabreros Dos volantes de marca que son arrieros Como enganche el poderoso y gallardo vizcaíno Tres atacantes netos: un barbero, un titiritero y un león En el banco de suplentes: El Caballero de la Blanca Luna, el gigante Carculiambro, Ronaldinho, Zidan y Don Diego Forlán de Villareal | Las alineaciones: Al arco el Ama Una línea de 7 conformada por Su sobrina, Pedro Alonso, Cura Pero Perez, el barbero ámese Nicolás, el bachiller Sansón Carrasco, un perro y un pollo Como volante tapón: Sancho Panza Como atacantes netos: Don Quijote y Rocinante En el banco de suplentes: Dr. Sigmundo Freud, Alonso Quijano o Quijada o Quesada. Dirige técnicamente Miguel Cervantes y Saavedra |
En el caso de este espectáculo, el texto afirma que a pesar de el equipo Deportivo Quijote tenga esta alineación, el Quijote jugaría solo, pues el resto de los jugadores de este equipo “no creen en el Quijote y hasta donde se descuide: lo traicionan”.
Siendo así, el cuadro quedaría:
Oponentes | Adyuvantes |
Jugando en el Equipo Resto del MundoAl arco Molino de Viento Una línea de cuatro conformado por dos frailes de la orden de San Benito Una caravana de mercaderes toledanos Varios Galeotes Un grupo de cabreros Dos volantes de marca que son arrieros Como enganche el poderoso y gallardo vizcaíno Tres atacantes netos: un barbero, un titiritero y un león En el banco de suplentes: El Cabalero de la Blanca Luna, el gigante Carculiambro, Ronaldinho, Zidan y Don Diego Forlán de Villareal Jugando en contra: Al arco el Ama Una línea de 7 conformada por Su sobrina, Pedro Alonso, Cura Pero Perez, el barbero ámese Nicolás, el bachiller Sansón Carrasco, un perro y un pollo Como volante tapón: Sancho Panza Como atacante: Rocinante En el banco de suplentes: Dr. Sigmundo Freud, Alonso Quijano o Quijada o Quesada. El Profe | El Quijote Dirige técnicamente Miguel Cervantes y Saavedra Durandarte El nº 12 del plantel |
En todo el momento de la obra, los oponentes de Quijote son los que tienen una posición realista, escéptica, que ya no sienten la camiseta, con una forma cartesiana, positivista, desapasionada, fría e objetiva de ver al mundo.
Partiendo de este raciocinio, entraría también el Profe en el lugar de Oponente[35]. Y en lugar de Adyuvante, Don Francisco Durandarte, quien juega en el partido del Maracanã de 50 con el nº12[36].
Para resumir:
Oponentes | Adyuvantes |
Los que miran el lado más mundano y más terrenal de las cosas | Los que, como Quijote, tienen el genio poético, los locos, cómicos y payasos[37] |
En árbol sintáctico seria:
desea
el Relator La victoria del mundo
noble de Quijote sobre el mundo ruin
los que, como Quijote los que miran el lado
tienen el genio poético, más mundano y
los locos, los cómicos, terrenal de las cosas
los payasos
La Rádio Emisora Los uruguayos e
uruguayas
(c) Las consecuencias
En la finalización de la “prueba”, el partido de fútbol, Quijote se lastima[38]. Se saca la armadura, saca la cinta de capitán y la entrega a Rocinante y muere[39].
Primer parte (la liquidación de la falta): El oponente vence al adyuvante, ya que Quijote es muerto por el Caballero de la Blanca Luna[40]. Se termina la transmisión del partido, y mismo con la muerte de Quijote, el final del partido es visto como una fiesta. A pesar de derrotados y muertos los uruguayos se van Campeones[41]. O sea, el Deportivo Quijote pierde, pero muestra a los uruguayos que el mundo noble debe vencer sobre el mundo ruin. La victoria es alcanzada igualmente.
Segunda parte (el reconocimiento): Quijote a pesar de muerto es festejado[42]. “Viva el Quijote nomás”! Lo que importa no es el resultado, pero sí lo que Quijote ha enseñado a todos en este partido.
Tercera parte (anulación de los efectos de la alineación vivida por el destinatario): En la última cena del Relator, este se dirige a la platea y les dice que la vida es más que numeritos, cálculos y hambre. Y que los uruguayos deben ver gigantes donde hay molinos.
El CUADRO SEMIÓTICO
inicial
La vitoria del mundo noble La victoria del mundo ruin
sobre el mundo ruin sobre el mundo noble
ver gigantes donde hay molinos ver molinos y no gigantes
ver amor, nobleza y justicia ver numeritos, cálculos y hambre
El CUADRO SEMIÓTICO
final
La vitoria del mundo noble La victoria del mundo ruin
sobre el mundo ruin sobre el mundo noble
ver gigantes donde hay molinos ver molinos y no gigantes
ver amor, nobleza y justicia ver numeritos, cálculos y hambre
CONCLUSIONES
En el decurso del espectáculo se desarrolla una lucha entre quienes miran el mundo de forma quijotesca y quienes adoptan una mirada terrenal y mundana. Con eso se hace una crítica a la mirada actual de los uruguayos y las uruguayas. Mientras Uruguay siga positivista, cartesiano y sin ver los “Quijotes”, “Durandartes” y los “nº12” del equipo Celeste, no podrá “ponerse la camiseta” y la derrota será inevitable.
El recurso de volver a Maracaná, trayendo al Caballero Durandarte, es mostrar que sin la ilusión del 50 no se puede esperar que Uruguay sea Campeón. Sólo se les ganó a los brasileros, porque se jugó con “algo más” que los 11 jugadores. Jugaron con un Caballero Andante, invisible, que debiera acompañar todas las luchas y batallas de estos uruguayos y uruguayas. En el texto “El teatro de la pasión[43]” Gustavo Laborde afirma: “En realidad, Uruguay carece de ídolos a excepción de los héroes que ha generado el fútbol, los secretos y verdaderos hombres que estructuraron la identidad nacional en el nivel popular”.
La esperanza está en el texto: “Quijote nos enseñó que una vida sórdida, sin ideales no es vida. Y encima: que todavía podemos ver gigantes donde hay molinos y quizá, ¿por qué no? Amor, nobleza y justicia donde sólo hay numeritos, cálculos y hambre”
Pero la gran pregunta es: ¿Por qué el Relator afirma “nos vamos campeones”, pese a que el Deportivo Quijote perdió el juego y D.Quijote haya muerto?
Se puede interpretar que acá se encuentra la idea, que está presente en la idiosincrasia de los uruguayos, de que Uruguay se niega a ser un país pobre, desigual, injusto. En el periódico La República del 30/01/2006, Jorge Jauri afirma: “Uruguay tiene suficiente democracia y tolerancia social como para afrontar la discusión de una decisión insoslayable. A diferencia de los países pobres que firman acuerdos que sólo entienden sus elites, este país[44] ha sido colocado frente a un desafío que con crisis o sin crisis, no podía afrontarse por la administración anterior. Ahora en los umbrales del reiniciarla es preciso hablar claro” Uruguay se niega a ser “como los vecinos brasileños y argentinos”, los que tienen fallas morales. Uruguay no puede tener fallas morales, porque está por encima del sórdido y calculista “resto del mundo”. En este marco, el de la “moral”, Uruguay siempre será el Campeón vs el “resto del mundo”.
Álvaro Kröger, en su artículo titulado “Mercosur y Unión Europea” afirma: “A esta parte del mundo[45] le falta mucho, muchísimo, para que se pueda pensar en que un organismo intranacional funcione como debe hacerlo. Le falta algo que los uruguayos somos los únicos que lo tenemos y respetamos: el estado de Derecho” y más adelante dice: “La simplicidad del concepto, el apego que tienen los uruguayos a sus leyes independientemente de quien gobierne, el estricto respeto y acatamiento que se tiene de la Constitución Nacional, el acatamiento riguroso de todo el pueblo a la Justicia, que es un poder totalmente independiente de cualquier otro poder del Estado, nos da una autoridad moral que nuestros socios no tienen y que por lo tanto allí hay una asimetría moral, difícilmente de poder enrasar con nosotros.” O sea, esta posición confirma la tendencia idiosincrática de los uruguayos de buscar la victoria en el ámbito moral.
Y por fin, la nostalgia del haber sido (en el texto “El teatro de la pasión” Gustavo Laborde afirma: “sentencian a su fútbol una frase de tango: "La vergüenza de haber sido y el dolor de ya no ser"”). “Ver gigantes donde sólo hay molinos”. Nuevamente, en el periódico La República del 30/01/2006, Jorge Jauri afirma: “La tentación de volver a pensar con la ambición y la esperanza de antaño produce una embriagadora sensación de libertad y poder”.
OBSERVACIONES FINALES
El texto “El Quijote: cada día juega mejor” es muy rico y el trabajo podría haber abarcado también varios otros puntos interesantes. Como por ejemplo:
§ Analizar el lenguaje visual, con su estética breschtiana, sus momentos de Efecto-D.
§ Analizar los pasajes de fuerte critica al contexto socio-político actual, como por ejemplo el diálogo entre el Profe y el Relator:
Profe – Yo no dije nada. Soy periodista deportivo. No opino de política.
Relator – Pero, por favor, profe, no se me cague. Los periodistas también votamos. Así estamos por ir para atrás, mire lo que es la literatura, el periodismo, el fútbol.
§ Analizar la cuestión de que el Profe, Rocinante y el Sancho Panza hayan jugado en contra.
§ Analizar la significación de que uno de los actores no sea actor, sino un crítico de cine uruguayo.
§ Etc.
BIBLIOGRAFÍA
Adé, Marina. INTRODUCCIÓN AL ANÁLISIS DEL DISCURSO POLÍTICO. Aportes de la Semiótica al Análisis de los Discursos Políticos. Ed. FCU. Montevideo. Uruguay. 1986.
Boulet, Michel. SEMIOTICA URUGUAYA. Semiótica de la Ciudad. Cuaderno Nº12. Ed. Semur. Montevideo. Uruguay. 2005.
Boulet, Michel. URUGUAY: ¿PAÍS EN TRANSICIÓN? Estudios Semióticos. Ediciones de Juan Darién. Montevideo. Uruguay. 1992
Greimas, A.J. SEMÁNTICA ESTRUCTURAL Investigación Metodológica Ed. Gredos. Madrid. España 1987
Sautchuk,Inez. PRÁTICA DE MORFOSSINTAXE. Como e por que aprender análise (morfo)sintática. Ed. Manole. SP. Brasil. 2004.
ANEXOS
http://www.montevideoinvita.com.uy/minvita/php/gen_index.php?q=2&id=6423
| EL QUIJOTE...cada día juega mejor !!! |
¡Vuelve a partir del 10 de febrero de 2006!
|
Fonte: http://www.cartelera.com.uy/obra.php?id=971
Obra Teatral | ||
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Género: Humor Si la viste, tu opinión vale... / H ay 13 opinion(es) de espectadores |
---- 30/1/2006 ---- | página 9 |
La República
JORGE JAURI
La tentación de volver a pensar con la ambición y la esperanza de antaño produce una embriagadora sensación de libertad y poder. Comparable a aquella que producía en la adolescencia de los sesenta la posibilidad de recorrer atajos rápidos que nos aproximaran a la felicidad pública. Celebramos los equilibrios, aún los de la pobreza y en el mejor de los casos nos hemos acostumbrado a especular sobre eventuales derrames de riqueza que, en el correr de los próximos decenios nos permitirían ir mejorando la bestial marginación, objeto de nuestras críticas cotidianas. Pero, a veces, la vida nos coloca frente a circunstancias en las cuales se produce una convergencia excepcional de posibilidades de avanzar más rápido y, sobre todo, con más seguridad en aquella aproximación con la utopía inicial.
¿De que se trata ahora?
En los sesenta nos inyectábamos adrenalina pura disponible entonces en grandes bidones de utopía, esperanza y la épica heroica de una Latinoamérica que hasta aquellos años, hacía historia en un mundo bipolar. Jóvenes sin antecedentes de duelo ni ponderación de riesgo alguno, debimos aprender a los garrotazos el riesgo que presupone merodear en los atajos que generalmente se les ofrecen a los pobres. Ahora, casi medio siglo después y a poco de simular alguno de los efectos derivados de una negociación exitosa de libre comercio con los EEUU, paradójicamente, sentimos un poco de aquella emoción pérdida. ¿Cómo explicarnos a nosotros antes que a nadie que un eventual acuerdo comercial con aquella representación histórica del mal pudiera, quizás, constituirse en el único catalizador disponible para que la reacción del cambio prometido pueda precipitarse en marcos de mínimas seguridades?
Admito las dificultades reales de iniciar una discusión relativamente educada sobre el tema. Pero, ¿qué hacer en contrario? ¿La opción es declinar la convicción? ¿Es sano y soportable renegar del privilegio de comprender que el libre comercio no es una regalía de los poderosos sino una conquista de los desesperados? ¿Sería posible vivir con el riesgo diario del fracaso de la esperanza en el cambio por no animarse a iniciar la discusión enterada acerca de qué supone realmente la posibilidad de firmar TLCs con EEUU, Europa o China? ¿Pudiéramos soportarnos si accediéramos a transitar en elaboraciones costumbristas mientras nos paguen un salario y disfrutemos de una pobre y egoísta "seguridad social"? No. Es preciso discutir este tema del TLC siempre y cuando iniciemos ese difícil proceso de aproximaciones sucesivas a la comprensión arrancando del otro extremo del problema respondiéndonos una pregunta que no osa ser pronunciada de frente: ¿puede el cambio sostenerse y progresar en un escenario de vulnerabilidad extrema? Esa primera pregunta tiene una respuesta clara: No. Uruguay carece de tiempo para reintegrar su sociedad, reconquistar su soberanía y darle de comer y educar a sus hijos pobres, en el escaso lapso que media entre la proposición del cambio y la recolección de sus primeros frutos. Simplemente porque el concepto de cambio alude a un proceso dinámico, necesariamente vinculado con un entorno que en el mundo moderno reproduce valor y virtud en velocidades y cantidades fantásticas.
Dicho de otra manera, aún si las transformaciones que promete el gobierno de izquierda prosperaran y nos empeñáramos en cubrir sus riesgos encerrándonos más en la región ese proceso sería insuficiente para ir, al menos, cerrando la brecha con el resto del mundo.
La ambición del cambio ya no podía sostenerse sin imaginar como podíamos saltearnos el proyecto de Itamarati que ni siquiera es el de Lula, o la recreación infinita del peronismo argentino sin establecer vínculos de otra calidad con el mundo.
¿Carne, arroz, o reglas?
Esa discusión, muy similar a la de los albores de la independencia, va a precipitarse por las propias exigencias de las transformaciones que pone en marcha el programa de gobierno. ¿Se trata realmente de vender más carne, lácteos, arroz o software o de replantearse con ambición y valor recrear un país cuyas normas y disciplinas sean capaz de ofrecer las garantías que hasta hoy ni siquiera prometía el discurso político tradicional? ¿Es posible realmente ladear la interrogante acerca de cómo hará este país para crecer a tasas acumulativas del 4% durante diez años sin que los fenomenales riesgos disuadan inevitablemente a los inversores, sean nacionales o extranjeros? Entiendo que esa discusión no sea soportable y deba desplazarse si la única alternativa disponible es la del enano gritón: andar de la mano de vecinos que en cuanto nos descuidamos nos tiran sus miserias por encima de la frontera.
Debe saberse que soslayar interrogantes elementales vinculadas al riesgo de sustentabilidad del cambio supone aceptar vivir sobre un volcán que acumula pobreza y vejez a velocidades desconocidas en este país.
El gobierno está haciendo lo políticamente correcto y, probablemente algo más, en el margen. Pero todos sabemos que, aún ampliando esa acción hacia una reforma más autoritaria, el riesgo va a crecer en relación directa a nuestra propia incapacidad de ir resguardando esos cambios con garantías de otra naturaleza. En eso también se está trabajando pero ni la pena vale intentar saber si el disciplinamiento, la regulación autoritaria, la reeducación y las garantías van a ser provistas en la calidad y el tiempo disponible. La hipótesis de nuevas fracturas o discontinuidades fuertes es, realmente aterradora en las condiciones de marginación que vive este país.
Uruguay tiene suficiente democracia y tolerancia social como para afrontar la discusión de una decisión insoslayable.
A diferencia de los países pobres que firman acuerdos que sólo entienden sus elites, Este país ha sido colocado frente a un desafío que con crisis o sin crisis, no podía afrontarse por la administración anterior. Ahora en los umbrales del reiniciarla es preciso hablar claro.
Explicar sobre todo, que con los TLCs no se ingresa tan sólo a un programa de desgravación arancelaria y enlaces comerciales con grandes mercados. Ese fue el error de diagnóstico que pautó toda la política comercial uruguaya desde abril de 1991. Asegurar la realización de la producción agregada sería un motivo estimulante pero insuficiente. Lo que realmente importa discutir y comprender consiste en cuánta disciplina y seguros podemos y nos animamos a internalizar mediante estos acuerdos.
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http://www.uruguayinforme.com/news/10032006/10032006_kroger_mercosur.htm Mercosur y Unión Europea |
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En un pequeño artículo aparecido ayer en el diario "El País" de Montevideo dice que hay varios países de la Unión Europea que están considerando seriamente volver a su moneda debido a las asimetrías políticas y económicas existentes.
Debemos recordar que el proceso de integración europeo comenzó a mediados del siglo XIX, con la Unión del Carbón y el Acero, es decir que lleva más de 150 años. Hasta después de la Segunda Guerra Mundial, en que USA impuso la OTAN e impulsó el Plan Marshall la integración económica y política europea tuvo alzas y bajas; tratados bilaterales económicos y bélicos e infinidad de variantes.
Ahora, luego de la gran alharaca de un Mercado Común Europeo que iba a ser el gran motor de un desarrollo regional y mundial, los políticos y economistas (luego de ingentes esfuerzos para equilibrar las economías) se dan cuenta que las asimetrías no son sólo económicas, son también políticas y culturales. Con el término cultural me refiero al aspecto antropológico y no al folclórico.
No voy a ponerme a analizar las causas y los efectos de esta experiencia europea, pero lo que hay que tener en cuenta es que es un gran fracaso, porque si no lo fuese en este momento Europa sería el líder del mundo y no tendría que estar sobornando a los extremistas de Hammas para que los dejen tranquilos, no tendría problemas de inmigración, ya que sus economías serían florecientes y no tendrían que subvencionar a sus productores agrícolas.
El Mercosur, como la Unión Europea, tiene asimetrías económicas demasiado grandes. Aquel no es más que un organismo nacido con deficiencias incorregibles. El Mercosur ante todo, debería ser un tratado económico, y no un organismo dónde se reúnen innumerables comisiones para debatir pequeñeces, formalizando otra enorme burocracia inepta, corrupta y llena de personalismos.
El tan mentado arancel 0% entre las economías del bloque nunca llegó ni siquiera a estudiarse, los lobbies económicos de los dos grandes del Mercosur no lo han permitido, entonces nos preguntamos: ¿para que sirve el Mercosur? Para absolutamente nada.
Si queremos formar un bloque de presión para vender los productos de la región, deberíamos primero hacer un Mercosur económicamente viable y recién después uno políticamente viable.
Pero hacer un Mercosur económicamente viable es imposible por razones que todos saben: tanto la Argentina como Brasil no tienen la idea Mercosur en sus economías; sus economías son nacionales y luchan por ellas y si les tienen que pisar la cabeza al Uruguay y al Paraguay lo hacen sin sentimiento alguno de culpa aunque el Presidente argentino se mande un culebrón venezolano en el Congreso con lágrimas y todo.
A esta parte del mundo le falta mucho, muchísimo, para que se pueda pensar en que un organismo intranacional funcione como debe hacerlo. Le falta algo que los uruguayos somos los únicos que lo tenemos y respetamos: el estado de Derecho, esto es algo tan simple que en general no es comprendido justamente por su simplicidad (valga la redundancia): es solamente respetar la Constitución, las leyes y los compromisos contraídos con terceros sean Estados o Privados.
La simplicidad del concepto, el apego que tienen los uruguayos a sus leyes independientemente de quien gobierne, el estricto respeto y acatamiento que se tiene de la Constitución Nacional, el acatamiento riguroso de todo el pueblo a la Justicia, que es un poder totalmente independiente de cualquier otro poder del Estado, nos da una autoridad moral que nuestros socios no tienen y que por lo tanto allí hay una asimetría moral, difícilmente de poder enrasar con nosotros.
Por otro lado tenemos la autoridad moral de tener una democracia ejemplar, cosa que a nuestros socios les parece, al menos curioso. Cuando ganó el actual partido de gobierno luego de 170 años de compartir el poder los dos partidos tradicionales, todos los ciudadanos de la República aceptaron el veredicto de las urnas sin rechistar y si bien el actual gobierno ganó por un estrecho margen, los que no los votamos y somos críticos, a veces muy ácidos, reconocemos que cuando el gobierno hace las cosas bien es motivo de aplausos. El caso más candente es el actual conflicto con respecto a las plantas de celulosa: el Gobierno respetó el estado de derecho, respetó los compromisos contraídos por la República durante un gobierno que no era el suyo y eso tuvo como consecuencia que casi el 80% de la población del país apoye al actual gobierno y actúe con firmeza.
Entonces nos preguntamos: ¿porqué seguimos en este organismo caótico, irrespetado, dónde conculcan nuestros derechos? Si tengo un cliente que es vecino mío y todas las semanas me hace problemas por la medianera o porque planté un paraíso en mi jardín y le molesta la sombra en verano o le molesta el color de mi auto, es indudablemente un vecino molesto y como no tengo intenciones de mudarme tengo las esperanza de que el vecino venda la casa y quien la compre sea un poco menos molesto.
Este ejemplo (muy simplificado) ocurre también en el aspecto económico. Si yo tengo un producto para vender y el vecino lo necesita, por un simple hecho de vecindad me gustaría vendérselo a él, pero él me impone el precio, me clava con la mercadería porque no le gusta el envase y cuando finalmente lo acepta me dice: -¡te lo pago cuando pueda!. Simultáneamente tengo otro potencial cliente que es una cadena de supermercados dónde hay que negociar calidad, precios, plazos de entregas y varias cosas más, pero ese cliente me asegura que si yo cumplo con mis obligaciones, él va a cumplir con las suyas: es decir me va a decir:- ¡pasá a cobrar mañana! No creo que sea pertinente hacer la pregunta ¿a quién le vendo?
Y esto es lo que hay que hacer entender, especialmente en filas de algunos sectores del partido de gobierno, primero que nos tenemos que ir del Mercosur y quien diga que se negocia mejor si vamos en bloque se equivoca: le irá mejor a Argentina o Brasil, pero a nosotros y Paraguay seguro que nos va muy mal. Y segundo que hacer un Tratado de Libre Comercio con USA, no es hacer un tratado tipo Dorian Gray, con el diablo. Estos grupos tienen una ideología perimida hace 30 años, el mundo de hoy a más de un lustro de haber comenzado el siglo XXI, es otra cosa. ¿Porqué no se fijan en cuál es la economía de mayor crecimiento en el mundo? para la información de éstos trasnochados es la economía china, la cual ha aceptado todas las inversiones, ha cumplido con sus compromisos impecablemente y no ha dejado de lado su ideología..... la ideología los va a dejar de lado a ellos.
Aquellos románticos revolucionarios, con un léxico aprendido de memoria, con ideas todas iguales, con, incluso vestimenta igual, ahora ya canosos siguen siendo los mismos inocentes de antaño; siguen empecinadamente clavados en las décadas del '60 o '70, y no se han dado cuenta o no quieren darse cuenta que el mundo es otro completamente diferente. Ya la Unión Soviética no existe más porque su economía implotó, todos los países del bloque comunista de aquellas décadas se integran a la OTAN. La Cuba de Castro es un dinosaurio al borde de la extinción, la Venezuela del prepotente coronel Chávez es una economía al borde del colapso, aunque digan lo contrario basta ver los índices económicos. El pseudo viraje a la izquierda de América Latina, va siendo cada vez más centrista y en algunos casos muchos gobiernos "populares" son muchísimo más duros que los gobiernos anteriores.
El caso chileno es el ejemplo más acabado de una política de Estado coherente y pensada a largo plazo; aunque a muchos nos rechinen los dientes las bases para ese despegue económico de Chile lo implantó Pinochet, y los subsiguientes gobernantes no han modificado sustancialmente el cronograma. Chile tiene un TLC con USA que permite a los americanos comer uvas en Minnesotta en pleno febrero, cortadas 48 horas antes en un viñedo chileno; o que un enamorado de New York mande a su amada el 14 de febrero un magnífico ramo de flores chilenas. Obviamente éstos son ejemplos muy sencillos, pero ciertos, el TLC Chile/USA es muchísimo más que esto.
¿Entonces que es lo que nos impide venderle carne a USA o México, vinos a Francia o heladeras a los esquimales? El Mercosur. Porque hay aranceles comunes que deben respetarse porque Brasil y Argentina así lo han dispuesto........ no me opongo a la confraternización con nuestros vecinos, pero nosotros tenemos la obligación de velar por nuestro pueblo, que no haya pobreza, que cada uno de los uruguayos se sienta a gusto en su país, que cada uno de nosotros se sienta orgulloso de que está haciendo lo mejor para sí, su familia y su patria..... y por favor dejémonos de las cretinadas de Chávez de una América bolivariana, no nos dejemos embaucar con proyectos faraónicos como ese gasoducto de 6000 Km. desde Venezuela a la Argentina, porque simplemente Venezuela no tiene gas, se lo compra a Colombia, y éste país acaba de firmar un TLC con USA.
Es evidente que un TLC con USA nos obligará a reestructurar primeramente nuestra mente, no puede existir "lo hago mañana", la reconversión industrial será necesaria, la educación de nuestra juventud deberá ser diferente, nuestras industrias eficaces, nuestros puertos más que eficaces, deberemos importar tecnología de punta para que nuestros productos tengan el mayor valor agregado posible. Nuestro Estado deberá ser ágil, sin superposiciones de estructuras, abierto a las nuevas tecnologías y no una máquina de impedir.
Irnos del Mercosur e integrarnos al mundo real es una prioridad que lo están demandando las generaciones futuras, aquellos niños uruguayos que todavía no nacieron por lo tanto quiero que mis nietos, cuando tengan la edad suficiente para preguntarme: ¿Que hiciste abuelo por el país?, yo les pueda contestar trabajé toda mi vida y aporté ideas y luché para que el Uruguay sea un país rico, justo y con una democracia envidiada por el 90% del mundo.
Estoy más que seguro que lo podemos hacer, no creo que falte voluntad política, no creo que falte gente dispuesta al desafío (y es más, creo que la gente lo que necesita es un DESAFIO), lo que falta es un acuerdo entre los miembros del partido gobernante; y si el Presidente Vázquez anuncia una firma de un TLC con el mundo entero y nos dice: - Muchachos nos vamos del MERCOSUR!!!, el país entero respirará más tranquilo y el Presidente tendrá un apoyo que jamás pensó tener.
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Servicio Informativo Iberoamericano |
ESTADIO CENTENARIO
El TEATRO DE LA PASIÓN En momentos que el mundo mira hacia el moderno Estadio de Francia, el último coliseo deportivo construido en este siglo, vale la pena echar una mirada hacia atrás, al primero de todos: el Estadio Centenario de Montevideo. |
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| Por Gustavo Laborde, corresponsal del Servicio Informativo Iberoamericano de la OEI, Montevideo, Uruguay. "El fútbol es el arte de mi país," dice el estribillo de la canción Todos Goleando, tema oficial de la Copa América 1995 que se disputó en Uruguay. La frase -del músico Pájaro Canzani- expresa con exactitud la reputación cultural de la que goza el fútbol entre los uruguayos. La historia del fútbol y la de Uruguay están estrechamente ligadas. Uruguay es una nación joven que nació a la independencia en 1830 y que, a excepción del Genaral Artigas -el extraño libertador que murió en el exilio voluntario del Paraguay, en 1850- y del no menos extrañamente uruguayo Carlos Gardel, no tiene héroes que conciten la admiración generalizada. En realidad, Uruguay carece de ídolos a excepción de los héroes que ha generado el fútbol, los secretos y verdaderos hombres que estructuraron la identidad nacional en el nivel popular. Pero estos hombres, además de formar parte de la mitología uruguaya, también habitan en el Olimpo de la nación mundial del fútbol. | |
PRIMERA SEDE MUNDIAL En 1930 se disputó el primer Mundial de Fútbol. Uruguay fue la sede y también el primer campeón. Los uruguayos tenían antecedentes que justificaran ambos privilegios: en 1916 crearon y ganaron la Copa América, el certamen más antiguo de la historia del fútbol que Uruguay ganó 14 veces en total, y eran dos veces campeones olímpicos, en la primera y segunda edición de esos juegos en la era moderna: Amsterdam 1924 y París 1928. Por ello, la FIFA le confió a Uruguay la organización del primer Mundial. Fue para esa oportunidad que por primera vez se construyó un estadio específico para jugar al fútbol y el Estadio Centenario (llamado así porque el campeonato coincidía con el aniversario de la independencia) significó una gran innovación. La obra de Juan Scasso encontró solución arquitectónica a problemas estrictos del estadio de fútbol por su pureza geométrica, su racionalidad y funcionalidad. El principal hallazgo es algo que hoy puede parecer elemental, pero que hasta entonces era un problema. El Centenario fue el primero en dar una distribución circular a las tribunas, asegurando así que los espectadores puedan apreciar el juego desde todos los ángulos. Este estadio, hoy considerado monumento mundial del fútbol para la FIFA, fue el gran modelador de todos los estadios de fútbol del mundo. Y ahora está a punto de ser remozado. Su construcción fue hazañosa para aquella época. Montevideo, en la década de 1930, tenía una población de 655.000 habitantes y la construcción de un estadio de hormigón armado para dar localidad a 75.000 personas era osado dentro y fuera de fronteras. Las cifras son ilustrativas al igual que el tiempo en que fue construido, siempre en referencia al contexto de la época. El movimiento de tierras comenzó en setiembre de 1929 y fueron excavados 160.000 metros cúbicos de tierra. Las obras de hormigón armado se iniciaron en enero e insumieron 14.000 metros cúbicos de cemento inglés de fraguado rápido y 1.400 toneladas de hierro. La obra se inauguró el 18 de julio de 1930. Uno de sus detalles más característicos lo forma la Torre del Homenaje de estilo Art Decó y de 98 metros de altura, inspirada en la torre del homenaje de los castillos medievales, ante la que el caballero debía jurar fidelidad a su señor. Los celestes ganaron aquel primer Mundial en una recordada final contra Argentina, uno de sus eternos rivales futbolísticos, por 4 a 2. En ese mismo lugar, pero en los vestuarios, la historia dejó otra anécdota para el recuerdo que también une y enfrenta a uruguayos y argentinos en torno a una pasión popular. El mítico cantante Carlos Gardel fue a presentar sus saludos al equipo uruguayo. Justo cuando estaba saludando al capitán del equipo celeste, José Nazasi, llega un telegrama de salutación traído por un cadete del telégrafo. El cadete, un sonriente adolescente moreno, era Obdulio Varela, quien fuera capitán de equipo uruguayo en 1950. Una foto congeló esa imagen que reúne para los uruguayos a sus tres ídolos más preciados: el primer capitán campeón del mundo José Nasazzi, el cantante de tangos Carlos Gardel y, Obdulio Varela, capitán uruguayo en el mundial de Maracaná en 1950. Esa foto también serviría para alimentar más la polémica sobre la nacionalidad de Gardel: los investigadores uruguayos la exhiben como otra de las pruebas palmarias de que Gardel nació en Uruguay y no Francia, como aseguran los argentinos. MITOLOGÍA NACIONAL Uruguay fue la gran potencia futbolística hasta 1950, cuando obtuvo su última gran hazaña. El equipo celeste había ganado las dos olimpíadas y el primer Mundial de fútbol cuando la Segunda Guerra Mundial interrumpió la disputa de la Copa del Mundo que había sido creada por Jules Rimet, presidente de FIFA desde 1921 hasta 1954 y que, por haber sido soldado en la Primera Guerra, tuvo el propósito de unir a los pueblos en torno al deporte. Uruguay no participó de dos mundiales por su oposición a la guerra y al fascismo. Lo volvió a hacer en 1950, con Obdulio Varela al frente, y volvió a ganar. Fue la hazaña mayor, ya que la final fue contra Brasil, en el Estadio Maracaná, con más de 100.000 personas que alentaban a su equipo y que ya tenían preparado un carnaval para celebrar el título. La calidad humana de Varela se palpa en la siguiente anécdota. Una vez que terminó el partido en favor de los uruguayos el público brasileño lloró de tristeza. Varela lo advirtió y no se plegó a los festejos de su equipo: se fue a caminar solo por las calles de Río de Janeiro. Fue allí que sintió un gran remordimiento y, hasta su muerte en 1996, confesó públicamente estar arrepentido de aquella victoria. Después de aquel mundial la selección uruguaya nunca más llegaría a la final de un mundial. El fútbol uruguayo en la actualidad sufre un severo deterioro y sus amantes deben apelar a recuerdos del pasado para vanagloriarse. Y tienen bastantes: Uruguay ganó 13 veces la Copa América, por última vez en 1995 (igual veces que Argentina y nueve veces más que Brasil) y sus clubes tradicionales -Peñarol y Nacional- son ambos tricampeones mundiales, algo igualado sólo por el Milán de Italia. Pero sus ídolos son antiguos y han crecido en leyenda, se han vuelto inmortales, referentes obligados de la identidad nacional y del pasado heroico. Son los dioses de la mitología moderna y popular sobre la que las sociedades fundan su identidad particular. Y como los uruguayos son tangueros de ley, creen que ya no volverá y sentencian a su fútbol una frase de tango: "La vergüenza de haber sido y el dolor de ya no ser". OEI. |
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[1] Michel Boulet, profesor en la Universidad de París VIII, fue alumno de Algirdas Julien Greimas (1917-1992) en los años 70. En Uruguay realiza tareas de investigador en semiótica.
[2] Boulet, Michel. URUGUAY: ¿PAÍS EN TRANSICIÓN? ESTUDIOS SEMIÓTICOS. Ed. De Juan Darién. Pg.8
[3] Idem.
[4] “SINTAXIS: Con la semántica, constituye la gramática semiótica. La sintaxis que se utiliza en la gramática semiótica es conceptual (vs formal) en el sentido que reconoce las relaciones sintácticas como significantes”. Apéndice D: Definiciones de Términos Semióticos. Boulet, Michel. URUGUAY: ¿PAÍS EN TRANSICIÓN? ESTUDIOS SEMIÓTICOS. Ed. De Juan Darién. Pg.107
[5] Sautchuk, Inez. PRATICA DE MORFOSSINTAXE. Ed. Manole. Pg. XIII. (desencadena e imprime en la superficie del enunciado las marcas de su textualidad.)
[6] Idem.
[7] Apendice B: El cuado semiótico. Boulet, Michel. URUGUAY: ¿PAÍS EN TRANSICIÓN? ESTUDIOS SEMIÓTICOS. Ed. De Juan Darién. Pg.103
[8] Articulo: Aportes de la Semiotica al Analisis de los Discursos Políticos, de Marina Adé Morató. Lingüista – Facultad de Humanidas y Ciencias.
[9] Greimas, A.J. SEMANTICA ESTRUCTURAL. Ed. Gredos. Pg.229
[10] Idem. Pg.230
[11] Idem. Pg. 232
[12] Idem. Pg. 244
[13] Idem. Pg. 246
[14] Idem. Pg.247
[15] Idem. Pg.62
[16] Idem. Pg.248
[17] Semas: unidades mínimas de significación, sin existencia propia, que solo puede ser imaginada o descrita en relacion con algo no que es ella misma, dentro de una estructura de significación. Greimas, A.J. SEMÁNTICA ESTRUCTURAL. GREDOS, Madrid. Pg.158.
[18] Semas nucleares: son los semas constituyentes e invariantes del nucleo semico de un lexema. (Adé, Marina. Aportes de la Semiótica. INTRODUCCION AL ANALISIS DEL DISCURSO POLÍTICO. Ed. FCU. Pg.57)
[19] Clasemas: son clases de seres o de cosas que categorizan el mundo. Ej. La clase de los animales, la de los humanos. Greimas, A.J. Semántica Estructural. Ed. Gredos. Madrid. Pg. 76.
[20] Idem. Pg.265
[21] Idem. Pg.270
[22] Idem. Pg. 272
[23] Idem. Pg.273
[24] Desear es un verbo transitivo directo, luego pide un complemento directo
[25] Ocupan lugares circunstaciales, adverbiales de cualidad (bien vs mal). Greimas, J.A. SEMANTICA ESTRUCTURAL. Ed. Gredos. Pg. 275
[26] Idem.
[27] los modelos actanciales miticos varian de acuerdo al nivel sintáctico adoptado.
[28] Greimas, J.A. SEMANTICA ESTRUCTURAL. Ed. Gredos. Pg. 277
[29] Idem. Pg. 313
[30] Idem. Pg. 312
[31] Idem. Pg.308
[32] Idem. Pg. 315
[33] Relator: “Nos encontramos en los comienzos del siglo dieciesiete, más precisamente en el año 1605 para llevarles a todos ustedes y en forma exclusiva, desde el enorme, vasto y descampado estadio de La Mancha, el gran clásico de nuestra lengua castellana. El Deportivo Quijote enfrenta a la Seleccion del Resto del Mundo. Lo que promete realmente un partido de locos”.
[34] Relator: “El Quijote sigue siendo uno de los clásicos más atrapantes del mundo, superando a otros clásicos como la Bíblia, la Divina Comédia; Barcelona/Real Madrid, o Boca/River”.(...) “Y ahí aparece el Quijote y la Historia y el mundo se ponen de fiesta” (...) “porque no hay más que una hazaña en toda la crónica, el trasbordo de un mundo a otro mundo, de un mundo ruin a un mundo noble”
[35] Relator: “Pare la música. Le confieso Profe, que por momentos su forma cartesiana y positivista de ver las cosas me pega en el forro de las pelotas”
[36] Montesinos: “A pesar de haber sido protagonista y factotum de la hazaña más importante del fútbol uruguayo, Don Durandarte fue un olvidado” (...) “Es más, fue el mismo Durandarte el que distrajo al golero brasilero cuando Schiafiano se la pasó a Gighia y este metió el gol del triunfo” en Maracanã del 50. O sea, Uruguay en este juego jugó con 12 hombres, “como los 12 apostoles, como los 12 caballeros del Rey Arturo”
[37] Roman Rogelio Ro: “El genio poético es aquella fuerza humana y esencial que, en los momentos fervorosos de la historia, puede levantar al hombre rapidamente: de lo domestico a lo épico, de lo contingente a lo esencial, de lo sórdido a lo limpiamente ético. Y nuestro Don Quijote es un genio poético de esta clase. Pero también como todo genio, es un loco, un comico, un payaso”
[38] Relator: “el Caballero de la Blanca Luna se le acerca, le pone la lanza en el cuello y le dice: Vencido sois caballero”
[39] Movilero: “el cual entre compasiones y lágrimas de los que allí se hallaron, dio su espiritu: quiero decir... que se murió”
[40] Quijote dice en el texto: “aprieta Caballero la lanza y quitame la vida, pues me has quitado la honra”
[41] Relator: “Nos vamos derrotados y muertos, como el Quijote, pero por alguna razón, por alguna sinrazón que a mi razón se hace: nos vamos campeones.”
[42] Movilero: “Bueno, increíble lo que está pasando aquí, esto se ha transformado en una auténtica fiesta, la gente festeja en las tribunas y saluda al cortejo que lleva al Quijote ya muerto” Profe: “Y claro, cómo no van a festejar si están ante un grande”
[43] Texto “El Teatro de la Pasión” del Servicion Informativo Iberoamericano, de 1998, Autor: Gustavo Laborde. Fuente: http://www.oei.org.co/sii/entrega3/art07.htm
[44] “Este país” refierese al Uruguay. La República de 30/01/2006. ECONOMIA. Pg. 9 Jorge Jauri
[45] A “esta parte del mundo” refierese a Argentina y Brasil. Texto “Mercosur y Unión Europea”, de Alvaro Kröger. INFORME URUGUAY – Año III – Nº172, de 10 de marzo del 2006.