A minha vida imita a minha arte

Espero que gostem
das nossas imitações
colocadas em palavras
virgulando, reticenciando
Nossos mergulhos
Nessa loucura chamada
Pensamento

Luciana Gaffrée

sexta-feira, 28 de outubro de 2011

Castanhas portuguesas.

São cinzentas por dentro, marrom por fora
Sempre importadas, trazem-nos o Natal
Com as nozes, as avelãs e as frutas de cristal
Impõem-nos as tradiçóes do frio, de lá fora

Frutas secas vindas, maternais, de Portugal
Ameixas pretas, passas de figo e de tâmara
De uva, de damasco, de prata, como na Câmara
Servem para celebrar nossa ceia europeia de Natal

Nos palácios de Brasília, deputados corruptos
Colhem os louros em ouro de seus malfeitos
Roubam e fogem com valises de dinheiro, abruptos

Pegam os aviões, recheados de champanhe, eleitos
Porque prometaram às populações, de seus púlpitos
Panetones, perus e frutas cistalizadas, únicos feitos!

de Luiz Fernando Gaffrée Thompson

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