Meu sorriso rubro, esgarçado
Te engolirá
Vem meu nego
Que em casa
No morno do conforto
Meu regaço te protegerá
Veja meu nego
Papagaios e araras
Constituem minha veste
Que te perderá
Vá meu nego
Pela estradinha de terra batida,
Que muitos segredos ela tem para contar
Meu nego: seriedade
Pois essa é a realidade!
Ela te salvará
Afasta-te meu nego!
Minha cama está envolta em doces teias
Que podem inebriar!
Não! meu uivo te protegerá!
Meu nego: o azul que vejo
É o sombreado de tua pele
Tua espada pode penetrar
Nas minhas entranhas carmezim
E me ferir de vida,
De vingança contra a morte, Nego!
(Autor: Luiz Fernando Gaffrée Thompson)
Resposta de uma mulher de Chico (Buarque) II
(Entenda-se "chico" com duplo sentido, por favor, como diriam os Cassetas - nome próprio que, aliás, se insere, perfeitamente,no contexto do pema)
Desfalece, nego!
Fica, queima nos céus
Em vez de tiritar de frio
Nos porões dos aviões
Nego, o verão sufoca
A paixão arde,
Enquanto bailam minhas pernas no ar,
Cada vez mais céleres e elegantes,
Coxas protetoras,
O mato e o amor tormam-nos
Solenes...solenes, Nego!
Solenes!...é a criação, Preto!
(Autor: Luiz Fernando Gaffrée Thompson)
Resposta à letra do cantor Charly García, mostrada a seguir:
"Quiero verte la cara
brillando como una esclava negra
sonriendo con ganas, nena.
Lejos, lejos de casa
no tengo nadie que me acompañe a ver la mañana.
Y que me de la inyección a tiempo,
antes que se me pudra el corazón.
Ni calienten estos huesos fríos, nena.
Quiero verte desnuda
el día que desfilen los cuervos
que han sido salvados, nena.
Sobre alguna autopista,
que tenga infinitos carteles
que no digan nada.
Y realmente quiero que te rías
y que digas que es un juego no más.
O me mates este mediodía, nena."
(Fragmento de Eiti leda Charly Garcia)
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