Poesía de piel de abeja en ciudad sitiada
diáfana escarlata impía sombra
eco palpitante galería de nube
nadie dice intégrate en opaco sangriento
nadie dice lluvia inunda signos súbitos
madera de piedra preciosa
las piezas confusas por donde se oyen pasos
que exploran destino de sol abandonado
jardín irreal masacre de incendio piano encendido
contemplo la semejanza del viento con la bestia perpetua
amar o desatar los vestidos callados
semejanza tiene la mirada interior relata impureza
endometrio rasgado agita barcos con los ojos abiertos
El cuerpo baja despacio para transcurrir el dia dichoso
con enorme tristeza de pueblo mutilado
Voy por las galerías entre reflejos de palabras
transparente
soy una herida abierta sin reposo posible
en un mundo ciego de vida evaporada.
de Laura Inés Martínez Coronel
Sou também uma fonte
sou uma alegoria da Paulo Barros
mil águas jorram de mim, refletindo espelhos bizarros
dourados, prateados, rubis e esmeraldas são a ponte
Atrás dos mistérios de Negromonte
entorpecidos pelos amores mórbidos e amorais
diante dos ritmos carnais de carnavais
estouro em sambaquis de lápis lázuli e aros iluminados de monte
São verde, amarelo e vermelho tinto os canaviais
tinto do sangue que brota de minhas veias ardentes
leitosos e densos e alvos como são os licores dos seringais
Amores, cores rutilantes, espermas sem peias
engolidos pelo meu afã de fonte sedenta de luxo, através de meus dentes
Reencontrados pelos elos luxuosos de folhas de ouro em cadeia.
de Luiz Fernando Gaffrée Thompson.
Nenhum comentário:
Postar um comentário