A minha vida imita a minha arte

Espero que gostem
das nossas imitações
colocadas em palavras
virgulando, reticenciando
Nossos mergulhos
Nessa loucura chamada
Pensamento

Luciana Gaffrée

quarta-feira, 29 de setembro de 2010

angústia

angústia


sinto vazio nas pontas dos dedos
como se tivessem estilhaçado meu ardor
de volta todos os meus medos
transpiro frio apesar do calor

imagens de árvores nuas, galhos secos
como nos contos da minha infância
já deixo escapar a militância
pouco me importa minha juventude

volto para a cama e me escondo
de quê? não sei! de um sonho
protejo minha mão já afeiçoada ao tiro pronto

o monstro Minotauro se aproxima
estou enredado no labirinto
não sei quem é o inimigo, mas a RIMA!

A RIMA pode me salvar, pois fujo,
O labirinto agora é estrada sinuosa
Encontro a GLÓRIA no final do caminho

A Glória é quase religiosa

Apoteose de Luxo, Calma e Volúpia


de Luiz Fernando Gaffrée Thompson



Qué militancia rima en la gloria?
qué verso escribe la calma?
y qué poema dice la sangre
en tiempo presente?
Acaso el arte retendrá el calor?...
o será el intento del sueño
que implora la vida en el medio del insomnio escalofriante...
y alfabético.

de Alejandra Alma



El monstruo Minotauro se aproxima
estoy enredado en el laberinto
no sé quien es el enemigo, pero la RIMA!...

La RIMA puede salvarme, pues huyo,
El laberinto ahora es calle (?) sinuosa
Encuentro la GLORIA al final del camino
Es Gloria casi religiosa

La RIMA puede atarnos o ser una
camino que nos saque del laberinto, como un hilo de Ariadna!

de María Vidal


a la vuelta de la esquina
esperan acechan burlan
los fantasmas infinitos de mi angustia
el vacío. la nada. la cama sin presencia.
el alma en terror entre la noche...
oscuridad el silencio y la mañana
la luz encandilando despiadadamente
el día que empieza para ver.
ver y seguir viendo
el laberinto inundado dónde entro? dónde salgo?
dónde me inspiro dónde abarco?
dónde tapo los miedos que me estrujan
me empujan me invaden me arrullan
me esconden se esconden me atrapan se quedan
se escapan se avienen
negocian a la vuelta de la esquina
con mis amigos del alma
mis siempre acompañantes de mi angustia
los infiinitos acuciantes agobiantes tan queridos míos..
por ser MÍOS .. SÓLO MÍOS..fantasmas......

de Vivian Rabinovitchi



dedos ingrávidos
tacto ausente
atados recorren
un cuerpo no mío...

miedo presente
domina mi pulso
intuyo no soy
ahora el que está

ahora no puedo
dejar de no estar
el paso fue dado
imposible negar

de Julio Pereira


Perdi tempo - Perdi o tempo

Já deixo escapar a militância
É indigesta nestes dias modernosos
Não dá ibope fidelidade partidária
Durma com o inimigo e tenha voto seguro

A droga dessa vida de cidadão
É querer levar a sério o tal do povão
Melhor mesmo é escutar burguês
Falar de capital com ares de intelectual

E se ficar parado em frente da telinha
Cuidado pra nao trancar a galerinha
Que o mercado transpessoal
É muito agitadinho e não curte papo-moral

Daí que já me perdi tentando pensar
Em como ser militante sem questionar
Suicidei meu ser ideológico
Delirei na idéia de humanidade

Caguei e andei pra mim
Finalmente o tempo é meu
E se joguei fora tanto passado
É que preciso levar...
Né não, Gersão?

De Luciana Gaffrée

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