Lígia, como a minha mãe, linda como a manhã
Doce, como a minha tia, doce de abóbora espelhada
Sofisticada, como a irmã, leve como uma pluma levada
Mãe e avó, quem há de crer? Dançarina cristã e pagã
Cheiro de alfazema nos lençóis de água lavada
Luz do sol, entrando pela porta-janela sobre o divã
Agilidade diurna, sensualidade noturna, senhora sã
Dior, cuscuz, Prada, Ipanema, cocada baiana queimada
Loura como os trigos de Portugal, olhos verdes, esperteza
Longa como um manequim de chez Chanel
Maquiada com a classe de uma princesa escoceza
Ela evolui na Montenegro, a caminho do mar, alteza
Carioca, sem pulseira, sem colar, sem anel
Apenas o biquíni e a canga, como a musa de Tom e Vinícius, realeza.
de Luiz Fernando Gaffrée Thompson
Nenhum comentário:
Postar um comentário